quinta-feira, 15 de junho de 2006

Em Portugal há uma questão com a Hipócrisia. Problema em admitir que, determinado problema existe com certos contornos. Chamar as coisas pelos nomes. Em assumir uma postura polémica e a desfavor desta última abominável criação humana que é o Politicamente Correcto.
A actual questão com o uso (ou não) de violência na educação. Óbvio que é errado o seu uso. Mas é preciso distinguir violência de um correctivo fisico.
As notícias, sencionalistas ou não, que têm nascido da Casa do Gaiato. A última em directo, depois de um aluno insultar a jornalista o padre dá-lhe um estalo. Escandâlo.
Uma amiga explica-me que a moral dos responsáveis pela Obra da Rua do Padre Américo é diferente da nossa, não andando à corrente dos cavalos de batalha de quem não vive os problemas, homens de origem humilde e que dedicaram a vida a uma causa, e pergunta, qual a forma de controlar 100 rapazes, que não são conhecidos propriamente pelo comportamento exemplar?

2 comentários:

  1. Acho que é tudo uma questão de intensidade e intenção. Dar uma estalada sem força pode ser um correctivo eficaz, em determinadas circunstâncias. Com força, receio que nunca.

    Mas repare-se: se uma criança tem tendência a tentar meter os dedos nas tomadas de electricidade, que se faz?... Uma palmadinha na mão pode ser necessária.

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  2. Claro que nada disto tem contornos lineares.
    Mas o que quer dizer "com força"? Estão estipulados valores para medir o impacto da força?
    Não haverá outras maneiras de fazer passar valores a crianças e pessoas adultas menos-válidas (sim que também as há em instituições, e levarem "correctivos", com mais e menos força), sem ser através da agressão física?
    Há, e é sabido.
    Não constituirá uma diferença significativa entre o tipo de práticas físicas de correcção que se aplica com os "nossos" e a aplicação em pessoas para quem o que temos é apenas o compromisso de acompanhar, ou quanto muito ensinar a amar?
    Para além do que, há que nunca esquecer que, "what goes around, comes around" (peço desculpa pela língua, que não é a minha/nossa).

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