quinta-feira, 12 de outubro de 2006

Afinal não serviu para nada...

Para quem viu o filme do Sr. Al Gore, "Verdade Inconveniente" há duas coisas que tem de separar muito bem: a primeira, são as “verdades” cientificas que Al Gore nos apresenta, digo “verdades” porque não tenho conhecimento cientifico suficiente para contraditório e o próprio Al Gore no filme não dá espaço a qualquer contraditório, não quer isto dizer que o que ele nos apresenta não seja de facto incrível, preocupante e mobilizador. Em segundo lugar, temos de distinguir todos os momentos no filme que servem de pura propaganda, somos presenteados com momentos da mais pura e bem feita propaganda politica, que para o espectador mais desatento poderá levar-nos a concluir que Al Gore é de facto o “nosso salvador”. Portanto, para quem ainda não o viu, tenha presentes estes dois factos, os dados científicos preocupantes, mas sem contraditório, e a propaganda pura e bem feita.
Mas para quem faz um filme desta natureza, com as preocupações ambientais que demonstra, não pode publicar o livro que deu origem ao filme impresso em papel não reciclado, mesmo que justifique com o facto de o papel reciclado não conseguir suportar aquele tipo de impressão (ora, mudasse as coisas para que passasse a suportar!). E, mais tarde, vir afirmar que pelo facto de a impressão não ser feita em papel reciclado, assumiu um compromisso de plantar árvores. Depois do erro feito, não há nada que o remedeie. Afinal tanta preocupação para nada… Acho eu…
Esta história pode ser lida no Diário Económico de hoje, 12 de Outubro de 2006, pagina 46.

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