quarta-feira, 18 de outubro de 2006

Coisas...


Tenho lido alguns posts, por essa blogosfera fora, sobre várias temáticas. Alguns tocam-me de modo particular, sobretudo os que abordam questões sobre a fé, a existência de Deus, sobre as relações entre a religião e a sociedade nos seus vários níveis, etc, etc. Vêm-me à memória conversas que vou tendo sobre estas questões. Afinal, a minha vida é direccionada por estes lados. Com isto tudo, apercebo-me das imagens medievalistas de Deus que por aí andam, seja em crentes, descrentes ou até mesmo neutros. Eu acredito que vivemos épocas de mudanças. Os sinais dos tempos assim o pedem. Recordo um ponto, em três conversas, que acaba por estar relacionado com as leituras pela blogosfera:

Um dia, uma amiga minha, que se prostitui, perguntou-me se estaria condenada por Deus.
Um dia, uma amiga minha, que abortou, perguntou-me se estaria condenada por Deus.
Um dia, um amigo meu, homossexual, perguntou-me se estaria condenado por Deus.

Na minha limitação, só conseguia pensar numa frase que me acompanha:
"(...) Eu não vim para condenar o mundo, mas sim para o salvar." (Jo 12, 47)

As três conversas, para não mencionar outras, foram muito longas, coincidindo no problema da condenação divina. Posso dizer que todas terminaram com um abraço. O Cristo que eu conheço nunca condenou pessoas, apenas acções que não valorizam o ser humano. Ainda assim está pronto a dar tudo, como o fez, por essa pessoa, por cada um de nós. De facto, não posso julgar, apenas acolher. Aquele que muitos acham que condena, é o primeiro a dar a mão.

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