sexta-feira, 29 de junho de 2007

Pedro e Paulo, Santos...

aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa Olhares.com
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Quem poderá separar-nos do amor de Cristo? A tribulação, a angústia, a perseguição, a fome, a nudez, o perigo ou a espada? (...) Em tudo isto, somos nós mais vencedores por Aquele que nos amou... (Rom 8, 35 .37)

quinta-feira, 28 de junho de 2007

Boas notícias

"A cantora e compositora brasileira Mylene, no seu segundo disco “Não muito distante”, faz uma releitura das canções dos Madredeus sob a óptica da diversidade rítmica brasileira. O repertório - que abarca praticamente todas as fases por que passou o grupo -, tão português na sua essência, na voz íntima, intimista e elegante de Mylene se transforma em cânticos africanos, lamentos dos índios, e modinhas à moda da casa, sonoridades que, ao longo de tantos anos, vieram a formar a chamada Música Popular Brasileira, reunião da ginga das três raças brasileiras, os negros, os índios e os portugueses - tão diferentes entre si, numa sonoridade única no Mundo. É um fascinante universo, onde o ouvinte se perde ao buscar onde começa e termina Portugal, e onde este se funde com o Brasil, e como estes se complementam."
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"Mylene é uma cantora brasileira, carioca de nascença mas portuguesa de alma. A sua paixão pela música portuguesa fê-la criar, a partir de terras brasileiras, um conjunto de canções retiradas do repertório dos Madredeus e canta para retribuir o afecto e homenagear a terra que lhe é tão querida. Pouco a pouco a ideia ganha forma e a forma ganha conteúdo, as suas raízes agarram agora o solo português para uma nova aventura. Escolheu Lisboa para viver e a capital encaixa como uma luva nas suas aspirações, o seu caminho cruza-se com a história contemporânea de Portugal. Encontros musicais, encontros poéticos, a Lisboa mestiça, a Lisboa africana e a Lisboa do Brasil, na sua imensidão, espelham a universalidade de Mylene. O risco que é tornar um sonho realidade só o é quando se tenta, e o excelente grupo de músicos que acompanha a cantora são o trunfo deste trabalho.
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Fernando Nunes, Ramiro Musoto, Tuco Marcondes, Adriano Magoo e Luis Coimbra exploraram e organizaram brilhantemente os 16 temas escolhidos por Mylene. Os tambores baianos, o maracatu, a melodia sul americana, o bolero, o bossa , o samba, a oração do candomblé entranham-se nas canções e nunca mais a largam ao longo do disco. O grupo percorre vários mundos musicais até chegar à sonoridade perfeita e atravessa os temas dos Madredeus com uma suavidade indescritível. A voz de Mylene aquece a alma de quem a ouve e faz esquecer que estamos perante músicas arranjadas de um colectivo que abate fronteiras e espalha o perfume nos quatro cantos do mundo. Ao ter atravessado dois universos distintos, o da música electrónica e o da MPB, Mylene ganha uma dupla personalidade musical e entra agora no arquivo intemporal dos Madredeus. Um disco para se ouvir vezes sem conta, faixa a faixa, poema a poema."

Bonjour Tristesse

Em dias tristes é bom saber que o Miguel Veloso continua no Sporting, os Arcade Fire finalmente (dia 3), o pianista Nelson Freire no Palácio de Queluz (dia 4), vou chamar a Sky para se sentar ao meu lado, faltam dois dias para ter o mar por cima.

Depois o mar descobre-nos e voltamos à realidade, aprendemos com a precisão de um estudante de medicina, o que são metásteses.

quarta-feira, 27 de junho de 2007

Série "Músicas que arrepiam" XI

'La cama de Piedra'
(Cuco Sanchez)

"De piedra ha de ser la cama
De piedra la cabecera
La mujer que a mi me quiera
Me ha de quererme a deveras
ay ay Corazón porque no amas
Subi a la sala del crímen
Le pregunté al presidente
Que si es delito el quererte
Que me sentencie a la muerte
ay ay Corazón porque no amas
El día en que a mi me maten
Que sea de cinco balazos
Y estea cerquito de ti
Para morir en tu brazos
ay ay Corazón porque no amas
Por caja tengo un sarape
Por cruz mis dobles cananas
Y escriban sobre mi tumba
Mi último adiós con mil balas
ay ay Corazón porque no amas."

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Clean Approach

Clean Approach é o nome da nova exposição de Mónica Capucho que inaugura hoje na Galeria Carlos Carvalho, em Lisboa. E porque o trabalho da Mónica é absolutamente extraordinário, aqui fica mais uma sugestão de exposição a não perder!
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"Mónica Capucho nasceu em Lisboa, em 1971. É licenciada em artes Plásticas/ Pintura pela Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa, 1993/98. Entre 1990 e 1993 tirou um curso de pintura na escola de Artes Plásticas ALPACA em Bruxelas. Em 1993 fez um estágio de escultura em polyester com o escultor Francis Tondeur. Expõe individualmente desde 2000, tendo participado em diversas exposições colectivas nacionais e internacionais. Os trabalhos que tem desenvolvido nos últimos anos assentam numa ideia conceptual simples. O princípio que os sustenta é a reflexão na utilização de frases e palavras com sentidos objectivos. Nesta fase do seu trabalho não existe qualquer referência a imagens do mundo real ou simbólico, mas sim uma concentração na exploração do confronto entre a forma das letras, o sentido da frase e o seu enquadramento em padrões geométricos."

terça-feira, 26 de junho de 2007

Então Miguel?

Como foram os Stones? Não nos contas? Queremos saber tudo!

Simpatias

Porque estas coisas estão definitivamente na moda, parece que está a decorrer na blogosfera a eleição das 7 Maravilhas da blogosfera. O blog ... And This is Reality foi muito simpático e incluiu O.Insecto na sua lista. Por essa enorme honra aqui fica o agradecimento público. Obrigado por nos ler e obrigado por acreditar neste projecto de meia dúzia de (leia-se 5) pessoas tão diferentes.
O ... And This is Reality é um blog muito interessante sobre arquitectura, design e coisas de que todos gostamos. Em suma, é um blog que fala de estilo! Por falha nossa só o conhecemos hoje! Pelo bom gosto que demonstra nas suas escolhas e porque trata de lifestyle, vai direitinho para a coluna dos blogs que O.insecto lê!

segunda-feira, 25 de junho de 2007

Fabergé meets Bordallo – the obelisk collection and some other little silly things

Paula Paour reúne, nesta exposição, um conjunto de objectos preciosos em que a livre associação de modos e linguagens desfazem fronteiras entre modalidades artísticas, conduzem à construção de objectos encenados. A livre associação poética é assumida, revelando uma formulação ultra contemporânea, em que se juntam livre e descomplexadamente referentes de várias artes.
Paula Paour nasceu em 1964 em Lisboa, onde vive e trabalha. Desenvolveu a sua formação na área artística no Ar.Co - Curso de Joalharia ( 82 a 87 ) e licenciou-se em História ( 1994 ) pela Universidade Clássica de Lisboa. Foi professora de Joalharia no Ar.Co e docente na Escola Superior de Conservação e Restauro em Lisboa. É membro da Comissão organizadora da X edição “ Ars Ornata Europeana “ - Simpósio Internacional de Joalharia - e co-fundadora da PIN – Associação Portuguesa de Joalharia Contemporânea, em Lisboa. Expõe o seu trabalho regularmente desde 1987.
Uma exposição a não perder na Galeria de Colares a partir do próximo sábado, dia 30.

Galeria de Colares
Largo da Igreja Paroquial de Colares
Rua Fria
22705 - 197 Colares
Tel: + 351 219 293 284
Mail: galeria.colares@netcabo.pt

Acabou-se a infância

"Elisa - Vou sair.
Varela - Onde é que vais?
Elisa - Apanhar ar. Aqui não se consegue respirar.
Cleanto - Faz ela muito bem. Isto não ata nem desata. Ninguém toma uma atitude. Está tudo com medo. Ou então desinteressado. É ou não é, Anselmo?
Anselmo - Eu por mim sou hoje como fui ontem, ou daqui a uma semana como há uma semana atrás.
Cleanto - Só é pena crescerem as rugas e aumentar a pança.
Anselmo - Quanto a isso nada se pode fazer.
Cleanto - Nada se pode fazer contra nada.
Varela - Onde é que leu tal coisa?
Cleanto - Em todo o lado, seu ignorante. Santa mediocridade... Para quando um banho de sabão a este mundo? Para quando a higiene mental? Repetem-se as asneiras, cruzam-se os braços, disparam-se as armas. Eu renuncio à luta armada. Deponho o revólver e recuso-me a fazer como antes. Acabou-se o fogo de vista. Acabou-se a infância.
Arpagão - Poupar a vida. Poupar a vida. Poupar a vida. Poupar a vida."

"O Avarento ou A Última Festa"
de José Maria Vieira Mendesa partir de "O Avarento" de Molière
de 27 JUN a 8 JUL no Teatro Nacional de São João, no Porto

All I want to say


"(...) And all of the other shallow things will not matter. I won't have any money to leave behind. I won't have the fine and luxurious things of life to leave behind. But I just want to leave a committed life behind. And that's all I want to say."

Martin Luther King, Atlanta
04-02-1968

Let´s spend the night together


Quando a excitação chega ao mundo dos sonhos, o resultado é fumar um porro com o Mick Jaeger e o Keith Richards.


Hoje à noite em carne e osso e no fosso a fotografá-los. Às vezes é preciso viver, para entender a conjugação de I Miss You e You Can´t Always Get What You Want.

sexta-feira, 22 de junho de 2007

Uníssono...



Quintas de Leitura!


Ontem fui ao Teatro do Campo Alegre (Porto) para ver uma performance de Ana Borralho e João Galante: Uníssono. O programa desta "Quinta de Leitura" começava com a performance, seguindo-se uma conversa entre a Maria João Seixas e a Maria do Rosário Pedreira e depois um recital de alguns poemas de Maria do Rosário, terminando com Aldina Duarte a cantar fado.


Poderia escrever sobre a poesia da Maria do Rosário Pedreira… Mexeu comigo! Mas quero ficar pelo Uníssono


Fios colados ao pescoço… União… Luz encarnada de fundo… Projecção de foco branco sobre os dois… E um beijo, um prolongado beijo de 15 minutos…


O que senti? Olhar e perceber que havia a união com sentido. Duas pessoas que se beijam apaixonadamente, esquecendo que tudo o resto existe, levados pelo prazer de simplesmente ali estar, a se amarem… Enquanto o beijo acontecia, iam ligando os fios a colunas e surgiam sons. Sons que falavam do que ali se passava. Houve momentos de humor, simplesmente pelo beijo. O encontro entre duas pessoas…


Quando a Performance acabou, a Maria João Seixas atribui-a de “Litúrgica”. Os meus “cabos” começaram a conectar-se… Sim, de facto foi uma liturgia, um encontro sério entre duas pessoas que se amam e trocam o que de melhor têm de si, numa fusão, num beijo. De repente veio-me à cabeça uma passagem em que François Varillon, teólogo, fala da relação com Deus através do beijo. No beijo estamos numa união tal que o ar vital encontra-se em Uníssono.


Ontem à noite vi um beijo que, para mim, representou muita comunhão, da mais carnal à mais mística...

Descobri que há duas espécies de relações, as que têm e as que não têm filhos. As que não têm tornam as pessoas mais livres, menos sujeitas a pressões e mais susceptíveis. A minha foi a versão sem filhos. Presume-se o final….

Objectivo: Anti-Globalização

Procurar, todos os dias a partir das 7 a.m., a mercearia do mercado em Caxias. Antigo pueblo de banhos do rei, agora o sitio de eleição para me sentir um principe. Fruta, pão alentejano, laminas para a barba, ... fora de horas. O luxo de encomendar o que quiser, "trago-lhe rebentos de soja amanhã". É por estas coisas que adoro o meu país.

Fast-Education

Ontem soube que para ser Mestre, tudo o que tenho a fazer é pagar 3000€ e uma ou duas cadeiras. Pelo grau de exigência das universidades hoje, seria mais útil, fazer duas cadeiras em madeira, pintar e estofá-las. Se resistirem ao peso, o aluno passou, se ruirem, chumba.
Há uma certa desilusão em alguns alunos, onde me incluo, por ao se proporem a um mestrado, a resposta por parte das Universidades (comigo o ISCTE, mas na Nova é semelhante), é puramente monetária. I.e., o aluno pagou e desde que mostre algum trabalho está passado.
É-me indiferente o sucesso do meu vizinho, embora prefira que seja melhor do que eu por ser mais motivador, mas, quando a maioria é pior, demonstra pouco empenho e trabalho, análises superficiais para professores que parece, quererem apenas um paper para encher uma pasta e não o seu conteúdo. Quando é tudo corrido a notas semelhantes, independente do saber adquirido/ provado mas do montante do cheque, algo vai mal no país dos rodinhas.
Faz falta animar a malta, aqui procura-se, Universidade de Prestigio que não ceda à industrialização do ensino/ vida académica.
Mas alguém põe ordem nisto!?!?

quinta-feira, 21 de junho de 2007

Em entrevista à revista “Elite – Negócios e Lifestyle”, Manuel Monteiro afirma: "Paulo Portas é um menino”, a frase título da entrevista. Se fosse para insultar Paulo Portas sugiro outra frase: “Paulo Portas é um betinho!”.
Cai no ridículo Manuel Monteiro com insultos de crianças de 2 anos de idade, ou então ainda grita e bem alto o trauma Portas no seu intimo.
Monteirinho, o senhor já é crescido, cresça.
Ou isto sou eu, mais uma vez, com demasiadas expectativas e dar milhares de oportunidades...

terça-feira, 19 de junho de 2007

Encompassing the Globe: Portugal and the World in the 16th and 17th Centuries

Encompassing the Globe: Portugal and the World in the 16th and 17th Centuries é o nome da que é já considerada a exposição do ano em Washington, que será inaugurada pelo nosso Presidente da República amanhã..

Organizada pela Smithsonian Institution, a exposição tem como tema central o papel desempenhado por Portugal na Época dos Descobrimentos, designadamente no plano da exploração de novas rotas comerciais, bem como do desenvolvimento sistemático de contactos com culturas até então escassa ou completamente desconhecidas da Europa.
Ilustrando o império naval estabelecido na América do Sul, em África, no Médio e no Extremo - Oriente, na Ásia e na Ásia do Sudeste, os cerca de 260 objectos apresentados na exposição revelam assim o diálogo transcultural desenvolvido por Portugal em todos os continentes a partir do séc. XVI.
As peças apresentadas na exposição ilustram não apenas as culturas próprias dos povos com os quais Portugal estabeleceu contactos nesse período, mas também as manifestações artísticas específicas que resultaram desses contactos, revelando influências mútuas de gosto, temas, técnicas e funções entre essas culturas e a cultura portuguesa, como sucede, por exemplo, com o importante núcleo de Arte Namban da colecção do Museu Nacional de Arte Antiga apresentado na exposição, e que documenta os contactos desenvolvidos no Japão.
Consistindo no evento mais importante promovido pela Arthur M. Sackler Gallery (Smithsonian Institution) nos seus quase 20 anos de existência, a exposição contará com peças provenientes de colecções americanas para além de peças de colecções portuguesas, provenientes de museus, coleccionadores privados e entidades diversas. Na Arthur M. Sackler Gallery serão apresentados os objectos relativos a Portugal, à Europa, ao Oceano Índico, China, Japão e Brasil, enquanto a secção dedicada a África será apresentada no National Museum of African Art. Encontram-se na exposição um conjunto de peças de particular revelância histórica, artística e patrimonial, pertencentes às colecções do Museu de Alberto Sampaio, Museu de Évora, Museu Nacional de Arte Antiga, Museu Nacional de Machado de Castro, Museu Nacional de Soares dos Reis e Museu Nacional do Traje.

Nesta exposição poderão ser encontrados alguns dos primeiros objectos verdadeiramente multiculturais do mundo pelo que Encompassing the Globe é uma montra privilegiada para, a partir do passado, promover Portugal de hoje no panorama internacional, trazendo conhecimento renovado e visibilidade acrescida do país que foi absolutamente fundamental para a criação do Mundo Moderno. Nesse sentido, trata-se de uma oportunidade para projectar o país no mundo perante uma vasta audiência americana e internacional, não só em termos culturais como económicos - o investimento estrangeiro depende muito da imagem que o país expõe.

A Exposição tem cerca de 260 objectos pertencentes a diferentes colecções públicas e privadas. São provenientes de 89 instituições e 16 coleccionadores particulares, sendo o Tokyo National Museum, com 16 objectos, a instituição que mais obras fornece para a exposição. Vêm depois o Nationalmuseet, de Copenhaga, com 13 objectos, o Museu Nacional de Arte Antiga, de Lisboa, e o British Museum, de Londres, com 12. Há 60 instituições ou coleccionadores que disponibilizaram apenas uma obra para esta exposição. Das 260 peças presentes na exposição, cerca de 60 são de colecções portuguesas.

segunda-feira, 18 de junho de 2007

Salvador Dali e Damien Hirst



Fui ver também o post do P. .


Na verdade, prefiro a caveira Azteca. São 2m na White Cube, uma sala completamente às escuras com este ninho de diamantes no centro. É fascinante? É! Mas mais do que uma obra de arte, penso que o que toda a gente pergunta é o que ouvi da voz de uma pequena, quando sussurra ao pai "are these real diamants?". Prefiro a Azteca! Ou então, descer a escada e assistir ao zoo dissecado do mesmo Hirst, vacas, peixes, tubarões, uma magnifica estátua onde uma figura segura numa mão uma tesoura e no braço pende a sua pele. Ou os quadros que envolvem tudo isto, sangue e ainda sangue. No primeiro piso uma série de quadros à volta do nascimento do filho, uma pintura fotograficamente real, para um dos momentos mais belos/ horríveis da criação, o nascimento de uma criança.

Mas melhor é a deslocação à Modern Tate, edificio monumental, antiga central electrica transformada em galeria gigante. Num dos andares uma retrospectiva sobre Salvador Dali. A voltar um destes dias ao tema da exposição, Dali e o Cinema, e uma certeza, ver esta exposição mudou a leitura que tinha até hoje do pintor, cada um dos seus quadros conta uma história, como uma sequência cinematográfica surrealista, por isso compreendi o papel repetido em imensa obras do homem e a miúda, sombras minúsculas que parecem elas mesmas, espectadores dentro do quadro. Magnifico!

À grande e à Ford

Cerca de 240€ por um bilhete na plateia, para assistir em dias seguidos, aos melhores nomes, produções e elencos actuais. Compreende-se porque Portugal, nunca sairá de um lugar provinciano culturalmente, não há capacidade financeira para tanto. Recorde-se Ford e perca-se o tempo que for necessário a ensinar aos de quem de direito: se eu quero vender um carro, então, eu tenho de pagar o necessário aos meus empregados para que eles possam viver e comprar o carro. Em Portugal, compra-se, mas não se vive.

Ópera como o milho!


A ópera vive um momento único, aquilo que começou como descriminação fisica, parece ter tido efeito. Há uns anos, cantoras de topo foram sendo preteridas, por outras mais fracas, mas mais elegantes, tinhamos a encenação a ganhar à voz. Havia claramente desfasamento fisico entre os personagens e os cantores de 130kg. Repare-se, Caballé, Sutherland, Nilsson são vozes sem paralelo, mas assistir a Anna Netrebko no papel de Violeta ou de Donna Anna, tendo ela também uma voz estupenda, é iniciar um reinado único de simbiose do talento com a beleza fisica, acrescentado enorme credibilidade ao espectáculo.

Assistir a uma ópera ou recital com Anna é esperar algo transcendente. Já ouvi imensos cantores, uns com voz maravilhosa, outros com excelentes interpretações, outros que apenas cumprem o papel tornando-o um prazer ouvi-los, mas suspender-nos no ar, poucos conseguem. Sem uma única falha, voz limpida e extremamente bonita, respiração colocada no ponto, ali tudo parece facílimo quando atinge notas altíssimas ou prolonga uma nota sem a fazer saltar de escala, apetece, raios, apetece mesmo metê-la numa mala e trazê-la connosco!

Fds em Londres





Viajei para Londres com um propósito bem defino desde há meses, ver o Fidelio de Beethoven. Duas razões fortes, o soprano finlandês Karita Matilla, actualmente inexcedível neste papel e a música/ ópera do génio, mal amada parece, difícil execução acrescento, poucos arriscam, raros os que triunfam, em mim, ocupa um lugar especial, substitui o coração muitas vezes.

Entrar no Royal Opera House, uma estrutura magnifica, sala gigantesca, com o habitual book in advance a marcar constantes lotações esgotadas. No intervalo há jantar à espera de uns sortudos, no Foyer com cúpula de cristal paramos tipo provincianos a admirar a beleza daquilo tudo, depois a maior surpresa. Reparo no dia seguinte à Leonora de Matilla era a vez da, Donna Ana de Anna Netrebko no Don Giovanni de Mozart. Consegui à rasca um bilhete para assistir, não apenas à maior soprano actual, mas também a um Don Giovanni, com certeza sem rival nos próximos anos, o uruguaio Erwin Schrott, extremamente dotado para o papel de Don Juan, fisicamente a emprestar o erotismo do Eléctrico de Brando, uma voz encorpada, belíssima, excelente no recitativo, actor incrivel, um fenomeno semelhante ao Lewis e o carro da F1, será dificil imaginar outro naquele papel. Agora é fazê-lo voar para o Fausto e o Mefistófeles, será sem dúvida magnifico. E a produção... comparando com o São Carlos, digamos que temos a imagem de um concerto dos Xutos e um dos Stones (dia 24 em Lx).
Na imagem, o Don Giovanni de Erwin Schrott e Donna Elvira, a força espanhola Ana Maria Martinez. Um Elenco tipo dream team.

Está calor por aqui!

Washington D.C.
Temperatura máxima: 33ºC

sexta-feira, 15 de junho de 2007

Let down and hanging around
Crushed like a bug in the ground
Let down and hanging around
And if I could be who you wanted
If I could BE who you wanted,
All the time, all the time.

quinta-feira, 14 de junho de 2007

Objecto de desejo


O artista britânico Damien Hirst acaba de apresentar a sua mais recente obra de arte: uma caveira humana de platina cravejada com 8601 diamantes, entre os quais um cor-de-rosa de 55 quilates.

‘For The Love Of God’ é o título da peça que custou cerca de vinte milhões de euros a fabricar mas cujo preço de venda ronda os 72 milhões, o que faz dela a obra de arte mais cara de um artista vivo. O crânio – exposto, juntamente com outras obras de Hirst, até 7 de Julho, na galeria White Cube, em Londres –, pertenceu a um homem de 35 anos que viveu na Europa entre 1720 e 1810.

A inspiração surgiu de uma peça de origem azeteca patente no Museu Britânico, lugar onde Hirst gostaria de mostrar o novo trabalho. Trata-se, nas palavras do autor, de uma “celebração da vida”.

http://www.whitecube.com/

quarta-feira, 13 de junho de 2007

O meu fado (no dia de Santo António)

"Os teus olhos são dois círios
Dando luz triste ao meu rosto
Marcado pelos martírios
Da saudade e do desgosto.

Quando oiço bater trindades
E a tarde já vai no fim
Eu peço às tuas saudades
Um padre nosso por mim.

Mas não sabes fazer preces
Não tens saudades nem pranto
Por que é que tu me aborreces
Por que é que eu te quero tanto?

És para meu desespero
Como as nuvens que andam altas
Todos os dias te espero
Todos os dias me faltas
."
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Linhares Barbosa, 'Os teus olhos são dois círios'
(ouvir a extraordinária versão deste fado interpretada por Cristina Branco em "Live")

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terça-feira, 12 de junho de 2007

Lisboa tresanda a sardinha assada!

Série "Músicas que arrepiam" X

Vissi d'arte
(Maria Callas)
Tosca - Giacomo Puccini

"Vissi d'arte, vissi d'amore,
non feci mai male ad anima viva!...
Con man furtiva
quante miserie conobbi, aiutai...
Sempre con fe' sincera,
la mia preghiera
ai santi tabernacoli salì.
Sempre con fe' sincera
diedi fiori agli altar.
Nell'ora del dolore
perché, perché Signore,
perché me ne rimuneri così?
Diedi gioielli
della Madonna al manto,
e diedi il canto agli astri,
al ciel, che ne ridean più belli.
Nell'ora del dolore, perché,
perché Signore, perché
me ne rimuneri così?"

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segunda-feira, 11 de junho de 2007

Goa, ainda...

Em Janeiro deste ano o Presidente da Répública deslocou-se à Índia em Visita de Estado. Em Goa teve a oportunidade de conhecer o Orlando Noronha, um jovem goês que era músico no hotel e que com a sua simpatia e talento conquistou de imediato toda a comitiva (onde eu estava integrado).

A Katia Guerreiro também estava presente e depois de trocar impressões com o Orlando acabou por convidá-lo para actuar de surpresa com ela no concerto que ela dava essa noite para os convidados do Presidente. Só havia um problema. É que apesar de ter estado cá em Portugal a aprender a tocar Guitarra Portuguesa, o Orlando não tinha ainda aquele instrumento. Por isso na actuação daquela noite o Orlando acompanhou a Katia e os seus músicos com o bandolim. Tocaram juntos o “Havemos de ir a Viana” e aquele momento foi muito especial para todos.

No regresso a Portugal a Katia trouxe consigo a memória daquela noite e do talento do Orlando e decidiu que ele havia de ter uma guitarra. Não foi preciso procurar muito porque o Dr. Carlos Rodrigues, Presidente do Banco BIG, que também tinha estado naquela noite em Goa, disponibilizou-se para concretizar este sonho.

Já dizia Fernando Pessoa que “Deus quer, o Homem sonha, a obra nasce”… A Katia e o Orlando sonharam e a obra nasceu graças ao Banco BIG. No passado dia 9 de Junho, em Setúbal os intervenientes desta história, o Orlando, a Katia e o Dr. Carlos Rodrigues, juntaram-se ao Presidente. Eles são a prova de que existem laços que se criam e que a distância não consegue quebrar. A visita de Estado à Índia não se extinguiu no regresso a Lisboa. Cada um de nós tirou partido dos momentos que ali viveu.

sábado, 9 de junho de 2007

Série "Músicas que arrepiam" XIX (em kitsch)

Como yo te amo
(Rocio Jurado)

"Como yo te amo.. Como yo te amo... convencete.. convencete... nadie te amara Como yo te amo...como yo te amo olvidate.. olvidate nadie te amara, nadie te amara nadie, por que...yo!! te amo con la fuerza de los mares, yo, te amo con el impetu del viento yo, te amo en la distancia y en el tiempo yo, te amo con mi alma y con mi carne yo, te amo como el niño a su mañana yo, te amo como el hombre a su recuerdo yo, te amo a puro grito y en silencio yo, te amo de una forma sobrehumana yo, te amo en la alegria y en el llanto yo, te amo en el peligro y en la calma yo, te amo cuando gritas cuando callas yo te amo tanto yo te amo tanto yo..!! Como yo te amo.. Como yo te amo... convencete.. convencete... nadie te amara Como yo te amo...como yo te amo olvidate.. olvidate nadie te amar, nadie te amara nadie, por que...yo!! te amo con la fuerza de los mares, yo, te amo con el impetu del viento yo, te amo en la distancia y en el tiempo yo, te amo con mi alma y con mi carne yo, te amo como el niño a su mañana yo, te amo como el hombre a su recuerdo yo, te amo a puro grito y en silencio yo, te amo de una forma sobrehumana yo, te amo en la alegria y en el llanto yo, te amo en el peligro y en la calma yo, te amo cuando gritas cuando callas yo te amo tanto yo te amo tanto yo..!! "

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Medo do escuro

"Tenho medo de entrar nos túneis mais escuros, naqueles que não têm luz nenhuma, porque as pessoas dizem que há lá anões que nos raptam ou que nos roubam o coração "– menino garimpeiro, 8 anos de idade (Reportagem da SIC Notícias sobre o trabalho infantil em África e na América Latina)
"Gostava de tirar a minha mãe daqui, não quero que ela se preocupe comigo. Talvez seja este o meu destino" - outro menino garimpeiro, mascando coca enquanto martelava as pedras.

quinta-feira, 7 de junho de 2007

Estreia Hoje (apesar de ser quase verão)

"A meio do Outono, encontramos três homens num Sanatório para doentes com
doenças respiratórias, nas montanhas. Na realidade, acaba por ser um lugar onde
homens de famílias ricas e abastadas são deixados pela família. Existe ali um cemitério (testemunho físico daqueles que nunca chegaram a sair dali), um jardim e a floresta.
Durante o inverno, os homens – trata-se de um sanatório exclusivamente masculino – são obrigados pelas regras do local, estritamente mantidas por freiras, a permanecer dentro de casa. Durante temporadas aborrecem-se de morte naquele local e fantasiam bastante sobre a sua vida passada e futura longe dali. Quando o tempo melhora, podem finalmente passear pela floresta. Paralelamente à melhoria do tempo, observamos a vida de Lena que, há várias semanas, caminha pela floresta em busca do seu marido que ela julga desaparecido, mas que rapidamente nos apercebemos que fugiu dela. Lena é destemida. Só essa coragem quase inumana explica que se tenha posto a caminho, no fim da gravidez, sem certezas, procurando o marido (Lucas) na montanha. Ao fim de várias semanas de estrada, desesperada, Lena irá tentar enforcar-se na floresta. Lena não quer pôr aquela criança no mundo sem um pai. Os três homens do sanatório irão salvá-la. Os homens vão tomar conta desta rapariga e escondê-la numa estufa abandonada. Ao mesmo tempo, vão redescobrir a vida de que, lentamente, desistiram e vão redescobrir os seus próprios sentimentos, coragem e verdade. Desta forma, a personalidade dos três homens e de Lena acaba por revelar-se para lá da superfície mais imediata. Ficamos a conhecer os seus segredos, as suas forças e as suas fraquezas."
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Texto José Luis Peixoto
Encenação Marco Martins
Dramaturgia Marco Martins, Nuno Lopes, Beatriz Batarda, Dinarte Branco, Gonçalo Waddington
Direcção Musical Pedro Moreira
Cenografia João Mendes Ribeiro
Figurinos Adriana Molder
Desenho Luz Nuno Meira
Voz e Elocução Luís Madureira
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O quê: Quando o Inverno Chegar
Quando: 7 a 30 de Junho às 21H (de quarta a domingo)
Onde: Sala Principal do Teatro São Luiz
Quanto: 10 a 20€

"O Dever de Comemorar" por Pedro Lomba

"Vem aí o 10 de Junho. Prometo que não vou lamentar aqui a decadência da Pátria, o esquecimento de Camões ou o desinteresse pelo dia. Na verdade, nunca me espantou que Portugal não celebrasse condignamente o seu feriado nacional, nem, de resto, qualquer outra data relevante (tirando as religiosas). O Sr. Presidente da República queixou-se, no seu discurso do 25 de Abril, que é preciso reinventar as comemorações da data. O Sr. Presidente não abordou o problema como deve ser. Porque a explicação é outra: Portugal não celebra nada. Nós, portugueses, não celebramos nada. Somos ensinados para não celebrar nada. Pior, somos ensinados para uma espécie de vergonha e silêncio. A existência de uma cultura de celebração requer abertura à distinção e à solenidade, coisas que a nossa baixa educação cívica e histórica repele. No ensino ou fora, o português é treinado para desprezar símbolos, memórias, rituais, tudo o que no mundo real das sociedades e das pessoas há de mais emotivo e não racional. Esclareço que nem estou a pensar nos símbolos nacionais, como o hino ou a bandeira. Não faço nenhuma defesa de uma política nacionalista de exaltação, quase sempre apócrifa, do País. O problema é que uma comunidade que pretenda funcionar como comunidade, que não queira ser só um amontoado de leis e poderes, precisa de uma política de símbolos, imagens e valores. Um país precisa de uma certa retórica pública, da celebração de que há valores acima das nossas cabeças. Há um livro recente, de Ajume Wingo (Veil Politics in Liberal States) que explica a importância da função de véu dos símbolos políticos nas sociedades democráticas. Esta função de véu reside no facto de os símbolos intermediarem a relação entre os cidadãos e as estruturas políticas, fazendo com que, através da sua força sugestiva, as pessoas adiram a valores importantes. A América leva a sério o "em busca da felicidade" da Declaração da Independência. O discurso prevalecente em Portugal é o de desprezo por qualquer retórica pública. Quais são os valores em que assentamos a nossa consciência colectiva? Por exemplo, não somos capazes de ser justos com os ex-combatentes de África, não tratamos dos nossos monumentos, não respeitamos a memória, não comemoramos: em quantas escolas, da primária à universidade, se celebra com dignidade o início do ano lectivo, a atribuição de diplomas, os feitos dos melhores estudantes? Para que serve Portugal no fim de contas?Talvez porque andámos demasiado divididos no último século, talvez porque não sabemos distinguir os símbolos colectivos das mitologias políticas de esquerda e de direita, consentimos que se generalizasse uma atitude de suspeição por tudo o que possa ser visto como conservador e passadista. Mas os símbolos políticos nada têm de conservador. Uma política de símbolos é vital para as sociedades. A sua ausência só traz vazio e vulgaridade."


terça-feira, 5 de junho de 2007

Na próxima sexta-feira

"O concerto de abertura da Festa do Fado a realizar na próxima sexta-feira, dia 8 de Junho, no Castelo de São Jorge, foi entregue a Pedro Moutinho e à sua convidada Teresa Salgueiro.
Esta será a primeira vez que Pedro Moutinho apresenta o novo trabalho em Lisboa e será ainda uma estreia para Teresa Salgueiro, uma vez que se trata da primeira vez que a cantora se apresenta em Lisboa acompanhada pelo Lusitânia Ensemble.
Duas vozes especiais reunidas no mesmo palco para apresentar reportório mútuo e outros temas por eles seleccionados. Teresa Salgueiro, será acompanhada pelo Lusitânia Ensemble. Quanto a Pedro Moutinho será acompanhado por José Manuel Neto na Guitarra Portuguesa, Carlos Manuel Proença na Viola e Daniel Pinto na Viola-Baixo.
Esta é uma oportunidade única de, num cenário idílico, poder escutar duas vozes notáveis. Temas como "Lisboa Mora Aqui" ou "Namoro" de Fausto são apenas alguns dos exemplos das canções que irão ser interpretadas nessa noite."
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O quê: Pedro Moutinho / Teresa Salgueiro (Festa do Fado)
Quando: 08 Junho às 22H
Onde: Castelo de São Jorge - Praça de Armas
Quanto: 12€50
A revolução socratista dos media portugueses aproxima-se a passos largos da revolução chavista da comunicação social na Venezuela.

segunda-feira, 4 de junho de 2007

Objectivo de vida

Mantém o espírito aberto, suga e assimila toda a experiência. E se doer é porque valeu a pena!
O pior é que todos já tivémos a mesma ideia, todos viajámos milhares de kilometros e acabamos a assistir televisão num sitio com todo o conforto de casa. E começamos a pensar…qual o objectivo disso?

Por isso foi a praia, tem de ser a praia, é a praia, percebes? Uma praia demasiado bonita. Demasiado a entrar, com sensações a mais. Estas a ver, é uma ilha. E a ilha é perfeita. Mas mesmo perfeita. É perfeita. É uma espécie de lagoa, uma lagoa com marés. Separada do mar por falésias. Completamente secreta, complemente… proibida. E nunca, nunca ninguém lá pode ir, nunca.

Série "Músicas que arrepiam" VIII




Cucurrucucu Paloma
(Caetano Veloso)

Sem ofensa para os personagens de Oz e dos Muppets


São confrangedores os mupis dos candidatos à câmara espalhados pela cidade . Dos 3 que vi, não escapa um. O Negrão com a cabeça inclinada e semblante pesaroso, parece o Homem de Lata do Feiticeiro de Oz, enquanto este queria apenas um coração, o Negrão ainda não deve saber bem o que pediu ao duende Mendes.


O Costa aparece amarfanhado em si mesmo, com um sorriso que não anuncia coisa alguma, dá pena e percebe-se porque é um homem de gabinete: esteticamente não resulta.


Por último a turma dos Marretas, com o Gonzo ao centro. O Telmo criticou o Pedro por ter saído "a meio do mandato", sem ninguém ter lembrado que ele mesmo foi seu ministro do Turismo, renegado para Faro, onde nem na faina se safou.

sábado, 2 de junho de 2007

Dia de Todas as Crianças


"Se lhes dou esses detalhes sobre o asteróide B 612 e lhes confio o seu número, é por causa das pessoas grandes. As pessoas grandes adoram os números. Quando a gente lhes fala de um novo amigo, elas jamais se informam do essencial. Não perguntam nunca: "Qual é o som da sua voz? Quais os brinquedos que prefere? Será que coleciona borboletas?" Mas perguntam: "Qual é sua idade? Quantos irmãos ele tem? Quanto pesa? Quanto ganha seu pai?" Somente então é que elas julgam conhecê-lo. Se dizemos às pessoas grandes: "Vi uma bela casa de tijolos cor-de-rosa, gerânios na janela, pombas no telhado..." elas não conseguem, de modo nenhum, fazer uma idéia da casa. É preciso dizer-lhes: "Vi uma casa de seiscentos contos". Então elas exclamam: "Que beleza!"
O Principezinho, cap. IV