terça-feira, 21 de agosto de 2007

O descanso eleitoral

Desde finais de 2002 que o país está quase, a toda a hora, “decorado” com outdoors de campanhas eleitorais. Foi a campanha a seguir à demissão de Guterres e que fez eleger Durão, foi a demissão de Santana e a campanha que fez eleger Sócrates. Pelo meio ainda tivemos uma campanha para as autarquias, uma campanha do aborto e umas eleições intercalares para a Câmara de Lisboa.
Hoje o país pode descansar de ver milhares de caras gente desconhecida, feia, com ar ridículo a quererem parecer simpáticas e a ”explodirem” de boas intenções. São outdoors aos milhares. Não há rua, rotunda, travessa, páteo ou beco que não tenha um outdoor com uma frase que transpira felicidade e esperança e a cara de um qualquer desconhecido que tem a esperança que alguém acredite nele.
Felizmente esses tempos por agora estão mais sossegados. O pais está mais livre de tanta confusão e Lisboa está, de facto, mais limpa e segura. Deixamos de ter medo de acordar e olhar para algumas caras que nos aborrecem apenas por existirem.
Foi ontem, a passar pela Praça de Espanha, em Lisboa, que me apercebi desta realidade. Habituado a ver esta praça a ser alvo de uma furiosa competição de outdoors ontem esta linda!
Era possível olhar de uma ponta à outra sem esbarrar com um Zé qualquer ou um António da vida. Mas foi sol de pouca dura. Esta felicidade tinha de ser interrompida por um outdoor isolado. Adivinhem de quem é? Bloco de Esquerda. Tinha de ser.
Estes gajos têm de ser assim tão irritantes e desagradáveis. Francamente…

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