terça-feira, 18 de setembro de 2007

Hairspray




Acabei de chegar do cinema… Fui ver o Hairspray.


Curioso como um filme, à partida light, pode dar tanta informação saudável. De facto, mais do que a imagem que possa transparecer, importa o que sou e o que posso dar. Hoje somos bombardeados com glamour e imagens a seguir, que em muito pouco são compatíveis com a verdade mais profunda da integridade do ser humano. Ter o corpo esbelto, esta ou aquela cor, até mesmo uma orientação sexual (para recordar os posts sobre o Brokeback Mountain), não faz ninguém nem melhor, nem pior ser humano. A diferença ao nível humano, seja ela qual for, não deve representar nem inferioridade, nem superioridade.


Já quando vi o The Devil Wears Prada fiquei com a sensação de ser um bom filme para mostrar, sobretudo aos mais novos, em como há coisas a não abdicar por uma carreira melhor, porque de facto pode-se ter tudo, mas no fundo ser nada…


Enfim, filmes sem grandes argumentos, mas que também me serão úteis no futuro…





4 comentários:

  1. Eu considero a imagem importante e não acho que Narciso esteja em causa aqui. Lembro-me de se isto é um Homem de Primo Levi e do quanto este achava a escova de dentes um tesouro inestimável por o ajudar a manter a dignidade enquanto ser humano. Primo Levi é o limite inferior, mas diz-nos muito sobre o Homem, desde sempre sentimos necessidade de usarmos adornos e não é apenas qualquer sentido metafisico que lhe possamos atribuir que está em questão, há vaidade inerente ao Homem. O que está errado é o culto exagerado do corpo, a obsessão com este.

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  2. morgado,

    Concordo contigo!

    Cada um de nós deve cuidar de si. Faz parte... E não é nada narcísico! A valorização da própria pessoa também passa por um cuidado de si. Eu gosto de me arranjar, sou vaidoso...

    A minha crítica passa pela errada valorização da pessoa. Ou seja, o seu valor está no que é e não no que tem.

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  3. Guardar algo de positivo daquilo que se faz ou se vê, como neste caso, é sempre bom. É sinal de que não foi tempo mal gasto, sobretudo numa vida em que tudo é feito em função do tempo.

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  4. Ainda não vi este filme, estava na dúvida se valeria a pena, sendo assim lá irei. Sobre este tema, de como as aparências exteriores são uma barreira para se apreciar aquilo que um apessoa é na sua essência, o melhor filme que vi até hoje foi "Tudo sobre a minha mãe", de Pedro Almodôvar, o desafio extremo às convenções. Lembro-me que a assitência começou por rir das personagens, a pouco e pouco foram calando a troça e no fim, quando se acenderam as luzes,muitos choravam. Já ninguém reparava se eles eram travestis ou não. Um filme que fez mais pela não discriminação do que dezenas de conferências.

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