quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

'Das Märchen'

Amanhã estreia no São Carlos 'Das Märchen', a primeira ópera do compositor português Emmanuel Nunes. A estreia mundial de 'Das Märchen' está a criar uma enorme curiosidade. É composta por um prólogo e dois actos sendo o libreto baseado em 'O Conto - Conversas de emigrantes alemães', de J. W. Goethe. Diz quem viu/ouviu (o ensaio) que são quatro horas de música desconcertante.
Das Märchen" ("O Conto") tem como cenário um rio em cujas margens vivem personagens distintas, como a Bela Lília, o Homem com a Lâmpada, o Gigante, quatro reis, dois fogos-fátuos, um Príncipe e uma Serpente Verde que se transforma em ponte para ligar as duas margens.
Segundo a sinopse, todas as personagens estão enfeitiçadas, vão metamorfoseando-se ao longo da ópera até chegarem "a uma existência livre e plena".
Por se tratar de uma estreia mundial de uma ópera composta por um compositor português, a récita de amanhã terá transmissão para 14 teatros espalhados pelo país (Ponte de Lima, Porto, Vila Flor, Aveiro, Coimbra, Castelo Branco, Leiria, Torres Novas, Portalegre, Estremoz, Beja, Faro, Açores e Madeira), numa tentativa "descentralizar a cultura e formar novos públicos". "É um grande esforço de abertura da ópera contemporânea à comunidade", disse Isabel Pires de Lima, que considerou esta estreia uma "data histórica para a ópera em Portugal"


"Apesar de ter vindo a devotar um constante interesse à problemática da voz cantada no séc. XX, Das Märchen é a primeira obra em que Emmanuel Nunes usa a voz a solo. Esta sua primeira ópera, com estreia mundial a 25 de Janeiro de 2008, no TNSC, baseia-se no último capítulo da obra Erzählung aus Unterhaltungen deutscher Ausgewanderter (Conversas de emigrantes alemães) - denominado Das Märchen (O Conto), escrita por Goethe em 1795. Em 1986, onze anos após ter lido este conto pela primeira vez, e considerando dedicar-se a uma ópera sobre o tema, Nunes realiza um primeiro plano dramatúrgico, desenvolvendo uma versão puramente teatral. Os anos seguintes permitir-lhe-ão a depuração desta estrutura e a criação definitiva de um libreto, iniciando-se a escrita da partitura em 2003. A história remete-nos para um universo maravilhoso, assente numa delicada teia de alegorias, e símbolos esotéricos e alquímicos. Erige-se em torno da uma serpente, - A serpente verde - que se transmuta e se reveste de diversos significados, encontrando a sua sublimação na forma de uma ponte, que liga as margens do rio, e com elas, todos os pontos antagónicos e conflituais, proporcionando um estado de serenidade, sabedoria e felicidade."

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3 comentários:

  1. Verborreia. Do naipe de cantores aproveitam-se dois, os outros serão uma derrota anunciada. 4h de boa música mal cantada, a ver quem aguenta. A imagem de apresentção no entanto é estimulante, cenicamente desta vez poderá estar uma coisa bem feita, mas depois resulta tudo neste desiquilibrio de coisas boas vs más... tu vais? Depois conta a ver se vale a pena.

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  2. Anónimo17:08

    velho do restelo ...

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  3. Anónimo00:52

    Este anónimo é irritante, além de se repetir no comentário.Porqué no te callas?

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