quinta-feira, 31 de julho de 2008

E porque já chega de coisas sérias e é verão


"Poeira
Poeira
Poeira
Levantou poeira!"

Tempo de Antena II


"Entendo que é perigoso para o princípio fundamental da separação e interdependência de poderes, que alicerça o nosso sistema político, aceitar o precedente, que poderia ser invocado no futuro, de, por lei ordinária, como é o caso do Estatuto Político-Administrativo dos Açores, se vir a impor obrigações e limites às competências dos órgãos de soberania que não sejam expressamente autorizados pela Constituição da República.

Semelhante prática desfiguraria o equilíbrio de poderes, tal como este tem existido, e afectaria o normal funcionamento das instituições da República. É por isso que considero ser meu dever alertar os portugueses."

Comunicação ao País do Presidente da República
(para ler na íntegra AQUI)
(imagem: Luís Catarino)
As amizades não se fazem de equívocos.

Vamos nos vendo por ai

Caros Amigos,

Participar num blog colectivo é uma experiência formidável. Partilhar ideias, pequenos momentos e prazeres da vida é muito bom, mais ainda quando os meus colegas de escrita são grandes amigos. Mas também tem o reverso da medalha: quando os nossos colegas de blog têm ideias e formas diferentes de estar na vida, às vezes são tão grandes que me impossibilitam de continuar nesta casa. Não tolero ameaças, prepotências, rasgos de autoridade e inúteis sentimentos de posse...

Assim sendo, agradeço a todos os que tiveram a paciência de me ler e comentar o que escrevi.

Espero que se tenham divertido tanto quanto eu. Obrigado pelo vosso apoio.

De qualquer forma, como disse um dia Santana Lopes «estarei por ai».

Hoje termina a minha colaboração no O. Insecto.

Obrigado :)

Morrer de Amor

"Acho que um dia destes vou morrer de amor também. Se eu morrer cedo não fiquem tristes, assim de uma forma mais bizarra, é porque morri de amor. Se Deus existir valia a pena existir só para isso, para que nós pudéssemos morrer de amor e depois haver o paraíso e lá poder encontrar a bela amada. Por mais absurdas e violentas que possam ser, acho que algumas coisas valem a pena. é aquela máxima: mais valem 30 anos intensos do que 70 em que nada nos acontece. Estou sempre a ver se me acontecem coisas. Há quem ache isto uma provocação tola. Pode ser, mas gosto de fazer as minhas revisões da matéria e perceber. Gosto do lugar do outro."

Valter Hugo Mãe em entrevista ao DN,
para ler AQUI

Lendo os outros

BWIN 31 da Armada
Afinal o que vai dizer o presidente?

a) Anunciar a dissolução da assembleia
b) Anunciar que o país está numa grave crise económica
c) Alertar para a importância da utilização de protector solar
d) Os cuidados a ter com crianças nas piscinas
e) Anunciar a contratação de Luis Garcia

publicado por Rodrigo Moita de Deus às 17:06, in 31 da Armada, http://31daarmada.blogs.sapo.pt/

Super-Homem



Steven Redgrave, 5 participações em JO, aos 18 anos ganha a primeira medalha de ouro. Repetirá o Ouro mais 4x, a última com 38 anos. Nem todos nascemos, com condições fisicas excepcionais, estes braços dedicados à Natação poderiam alcançar semelhante sucesso, mas... enfim, pode-se tentar. É este o exemplo destes comuns imortais. Na Antiguidade Clássica eram celebrados para a eternidade em estátuas, não é difícil imaginar Redgrave numa.


Em 1984 - JO LA, andava um outro ser excepcional por aí, Michal Gross, chamavam-lhe o Albatroz de Offenbach, com uma envergadura de braços de alguns 3mt! Foram os meus primeiros Jogos. Anos tristes esses para o desporto, 4 anos antes, em Moscovo, em plena Guerra Fria, os EUA e outros países boicotaram os Jogos. Nos de LA, foi quase o bloco de leste em peso a fazer o mesmo.

Tempo de Antena


O Presidente da República vai falar hoje ao país, às 20h00, a partir de Belém numa comunicação oficial que será transmitida pelas televisões.

Ópio do Povo


Este Sábado deslocamo-nos em massa a Alvalade, para assistir ao jogo de apresentação da Super Turma Fantástica, daquela Equipa Maravilhosa, que é a Nossa Fé... e mal podemos esperar para ser Campeões, já estou a ver a cena...
Hoje paguei por dois pães pequenos, 75cent. Tudo bem, se não viesse com os preços do fim do mundo na cabeça. Por lá, uma sandwiche custa o valor dela - 60cent. No continente, há com certeza custos que pagamos, externalidades como poluição, a má educação das pessoas quando nos atendem, os alimentos plastificados para durar mais, claro que sim... tudo isto custa dinheiro, talvez o dobro ou mais.
Ontem, passeei por Lisboa, do Cais do Sodré à Rua Nova do Almada, via praça do Munícipio. Aquela hora, eram centenas as pessoas, a maioria caminhava de cabeça baixa.
Bem, tou quase a ir almoçar, enfim, insisto em sentar-me 30m a ler o jornal e comer uma sopa, para além dos kgs de comida que trago todos os dias. Esta sopa, custa só 1,75cent. Eu axo que anda tudo maluco.
Quando trabalhava no Chiado, subia e descia a colina, mais 4 vãos de escada, para aterrar num sitio fixe, em plena Rua do Alecrim, no instituto de macrobiótica (talvez seja este o nome), almoçava bem por 3€ e tal.
Talvez os especialistas, encontrem aqui um traço qualquer, é difícil para mim fixar nomes, muitas vezes, até do livro que ando a ler.



Quando finalmente li o "on the road", axei grande desilusão. Devia ter ficado pelo mito.
A propósito de Kerouac, há uns anos (89), apareceu um grande filme Field of Dreams. Nele, recuperava-se por uma cena ou duas, a figura do escritor, mito de uma geração, que nunca o quis ser. Se não viram, vão atrás! Trata de Sonhos.

Vale a pena ver de novo


Três irmãos que não se falam desde a morte do pai decidem fazer uma viagem de comboio que atravessa a Índia para recuperarem os laços familiares quebrados e se reencontrarem. Mas a "busca espiritual" de Francis, Peter e Jack vai descarrilar rapidamente e eles vão parar ao meio do deserto, com onze malas e uma série de contas a ajustar com a vida. Neste país onde não conhecem nada, começa então uma outra viagem, preenchida com ricos imprevistos, uma verdadeira odisseia, que trará de volta a amizade e a fraternidade... ou talvez não.
"The Darjeeling Limited", novo filme de Wes Anderson e novo olhar sobre uma família disfuncional e peculiar (a rever "Os Tenenbaums" e "Um Peixe Fora d'Água"), é protagonizado por Owen Wilson, Adrien Brody e Jason Schwartzman e conta ainda com as participações de Bill Murray e Anjelica Huston.

De: Wes Anderson
Com: Owen Wilson, Adrien Brody, Jason Schwartzman
EUA, 2007, Cores, 91 min.

Cinema Nimas
Sala 1
14h, 16h30, 19h, 21h30

À espera de Godot

"(...)
Classificando o seu processo de afastamento como "um misto de Kafka e de Beckett", entre o "absurdo e o totalitário" de "contornos preocupantes", Carlos Fragateiro disse estar hoje convicto de que a sua demissão estava decidida desde que José António Pinto Ribeiro tomou posse da pasta da Cultura, em Fevereiro último, sucedendo então a Isabel Pires de Lima, que nomeara o encenador em Janeiro de 2006.

Nestes seis meses, recordou, "fui duas vezes ao Ministério da Cultura (MC) e duas vezes fui confrontado com assessores". "Sem resposta" ficaram também os pedidos de audiência que endereçou. "Senti-me à espera de Godot, que, como sabemos, nunca apareceu. Um ministro que nunca recebe, que não mostra o mínimo interesse em falar com uma instituição de referência sob sua tutela como o D. Maria II, que de resto nunca visitou, será isto normal?" "A sorte", considerou, "é que a Cultura tem actualmente um peso muito pequeno em termos governamentais, pelo que, felizmente, este ministro poderá fazer muito pouco mal à Cultura"."

quarta-feira, 30 de julho de 2008

Objecto de desejo

Purple suede moccs by Tod's

Era mesmo isto que me apetecia agora... III


Então até logo, Laura e João! :) Encontramo-nos !

Os maravilhosos presentes da nossa imprensa

O Jornal 24 horas faz hoje, 30 de Julho, capa com a seguinte manchete: «Pai de Rui Costa operado à próstata».
Esperemos pela capa de amanha para saber se a operação correu bem…

Veja






Este peixe é curioso. A primeira, a Veja no engate e a segunda by night, a dormir. Camaleónica!

Era mesmo isto que me apetecia agora... II


Jogos Olimpicos Pequim 2008

Vamos ser honestos. Considero isto tudo uma grande hipocrisia. Exigir da China um comportamento diferente do que se assiste, é igual ao que esperamos de um Leão com uma perna de Gnu ao lado, e deixarmo-lo com a recomendação "Por favor não devorar".

No meio disto tudo, o mais honesto (até me arrepio) é Bush. Ao menos esse é transparente. Todos os outros, se esperavam outra coisa, cresçam. A China é um país incrivel, os chineses são um povo extraordinário, e têm os dirigentes que lhes conhecemos. Bem, Portugal neste último ponto é semelhante.

Era mesmo isto que me apetecia agora...


E por falar em Saudade



Esta palavra saudade
sete letras de ternura
sete letras de ansiedade
e outras tantas de aventura.

Esta palavra saudade
a mais bela e mais pura
sete letras de verdade
e outras tantas de loucura.

Sete pedras, sete cardos,
sete facas e punhais
sete beijos que são nardos
sete pecados mortais.

Esta palavra saudade
dói no corpo devagar
quando a gente se levanta
fica na cama a chorar.

Esta palavra saudade
sabe a sumo de limão
tem o travo de amargura
que nasceu do coração.

Ai! palavra amarga e doce
estrangulada na garganta
palavra como se fosse
o silêncio que se canta.

Meu cavalo imenso e louco
a galopar na distância
entre o muito e entre o pouco
que me afasta da infância.

Esta palavra saudade
é a mais prenha de pranto
como um filho que nascesse
por termos sofrido tanto.

Por termos sofrido tanto
é que a saudade está viva
são sete letras de encanto
sete letras por enquanto
enquanto a gente for viva.

Este palavra saudade
sabe ao gosto das amoras
cada vez que tu não vens
cada vez que tu demoras.

Ai! palavra amarga e doce
debruçada na idade
palavra como se fosse
um resto de mocidade.

Marcada por sete letras
a ferro e a fogo no tempo
Ai! palavra dos poetas
que a disparam contra o vento.

Esta palavra saudade
dói no corpo devagar
quando a gente se levanta
fica na cama a chorar.

Por termos sofrido tanto
é que a saudade está viva
são sete letras de encanto
sete letras por enquanto
enquanto a gente for viva.

(José Carlos Ary dos Santos)

Super-Homens








Yao Ming é a maior esperança chinesa para a conquista de uma medalha no Basquete. Na NBA faz maravilhas, aqui impressiona mais a dimensão.




Liu Xiang salta desta forma impressionante a barreira, foi recordista da especialidade até ser destronado por um atleta cubano. Ambos são herois no seu país, e ambos outsiders numa especialidade dominada por europeus. Quando ganhou o ouro em Atenas, desconhecido e com um tempo impressionante, suspeitou-se de tudo. Será mais uma das grandes lutas para assistir.



Oxana Chusovitina, tem 33 anos, vai na 5ª participação nos Jogos, e este ano ganhou a medalha de ouro nos Europeus com um salto de cavalo incrivel. O pormenor é a longevidade, num desporto em que a idade ronda os 15 anos, 33... a par da nadadora Dara Torres (sprinter aos 41) e da ausência de Fernanda Ribeiro, serão as atletas mais impressionantes a competir.


Este senhor, está aqui apenas porque, além de ser o melhor americano de todos os tempos, aquele braço, torna-o no sucessor mais provável do Capitão América :)

Saudade

Tive uma prof. de Filosofia que numa aula disse que Saudade, só em Português, Espanhol e Russo. Nenhuma outra lingua (povo) é capaz de transmitir sentimento tão forte. Talvez aí seja um princípio para, na literatura, considerar os Russos e descendentes de Cervantes, insuperáveis (nunca em absoluto). Mas isso é outro caminho.
Temos Saudade do que em tempo tivemos. Eu não associo a Saudade a uma certa aura de Tristeza. A minha Saudade vem com um granda Sorriso.

Continente apoia não a equipa portuguesa em Pequim

O Continente, hipermercado, parece que é o patrocinador oficial do Comité Olímpico Português nos Jogos Olímpicos de Pequim, mas para quem ouve o anúncio de rádio mais parece que apoia uma equipa de outro país qualquer.
A fazer fé pela música do anúncio, o patrocínio deveria ser mais qualquer coisa do género: “Continente patrocinador oficial do Comité Olímpico do Zimbabué”, onde a língua oficial é o inglês.

Descontração de final de dia II

terça-feira, 29 de julho de 2008

Descontração de final de dia

Quantas vezes não te apeteceu fazer o mesmo...

Já são uma realidade, deixaram de estar extintos



No Museu de História Natural de Los Angeles este dinossauro está a fazer e a ser um sucesso. Não é um holograma e não são efeitos de computador. É tudo real.

Ficamos a conhecer esta maravilha daqui http://life-from-inside.blogspot.com/

A Pérola multimédia da música portuguesa

Brandos costumes


Esta notícia de que o Tiago fala aqui é completamente absurda. Enquanto no país existir esta gentinha ridícula que impõe a sua moral distorcida como se de lei se tratasse, este país vai continuar a figurar no anedotário dos países civilizados e LIVRES. De facto em cada português existe um ditadorzinho em potência! 

Verão em Lisboa

- Estou sim?
- (nome da empresa), bom dia, fala a Lurdes 
- Bom dia minha senhora, seria possível falar com o Dr. XXXX
- Quem deseja falar?
- (Identifico-me)
- O Senhor Dr. de manhã não está.
- Muito bem, então a que horas posso falar com ele à tarde?
- O Senhor Dr. à tarde não vem.
- (Impaciência na minha voz) Bom, mas então quando é que é possível encontra-lo?
- Meu senhor, eu sou telefonista, não faço a gestão das agendas dos doutores. Vá tentando!

É no que dá uma massagem mal dada

Massagens proibidas nas praias algarvias
O comando marítimo do sul decidiu proibir as massagens nas praias algarvias. A justificação para esta proibição está relacionada com o receio de eventuais fins mais quentes de massagens que até podem começar inocentes.

Coisas verdadeiramente importantes

Essas férias, Miguel, foram boas?

Banda Sonora para hoje


Quisiera amarte menos
(Chavela Vargas)

"Primavera de mis veinte años,
Relicario de mi juventud,
Un cariño feliz yo soñaba
Y estoy sola con mi esclavitud.

Quisiera amarte menos,
No verte más quisiera,
Salvarme de esta hoguera,
Que no puedo resistir.
Es cruel este cariño
Que no me da descanso,
Sin ti la paz no alcanzo
Y lejos no se vivir.
Quisiera amarte menos,
Porque esta vida ya no es vida,
Mi vida está perdida
De tanto quererte.
No se si necesito
Tenerte o perderte.
Yo se que te he querido
Más de lo que he podido.
Quisiera amarte menos
Buscando el olvido,
Y en vez de amarte menos,
te quiero mucho más!

Entre dos que se quieren deveras
El cariño distinto ha de ser.
Mientras uno da entera su vida,
Otro sólo se deja querer.
Es verdad, y sin embargo no puedo
Conformarme con quererte yo.
Pido al cielo que pronto termine
Esta dura condena de amor."

segunda-feira, 28 de julho de 2008

O Homem Prodigioso

Homenagens, versos em revistas e jornais, excertos de poemas em blogues, nome referenciado em comentários, Jorge de Sena haveria de gostar. Parece que está mesmo na moda. Será uma descoberta ou um achamento?
Pega-se em Sena, na poesia. Importante claro. Uso como minha, a definição que Sena dá de Poesia. "Algo pessoal e intímo, profundamente comprometida com nós mesmos." Talvez a tenha modificado ao longo do tempo e ele não a tenha escrito exactamente assim, mas que se dane.
A figurar como imortal, nas letras no séc. XX português, é a sua prosa e ensaios. Curiosamente, a fnac percebeu-o há anos, quando lançou a novela, O Fisico Prodigioso, em edição de bolso, dando-o mesmo. Ou o Público, que lançou contos há muito esgotados em livrarias. Eu gostei, custava 3 ou 4€ e dava uma prenda bestial. Aqui sim, uma descoberta estupenda.
Mas parece que dá trabalho ler a prosa ou as várias centenas de pag de Sinais de Fogo. Enfim, perde-se um dos romances mais importantes em lingua portuguesa. Fica o nome, e fica bem, Sena foi um maldito, ou fizeram dele assim, e é bem amar os malditos.

E o país preocupado... ai que estamos tão preocupados...

CDS-PP:
30 militantes da JP abandonam partido depois da saída do ex-presidente da distrital do CDS-PP, Carlos Dantas, pelo menos 30 militantes da Juventude Popular (JP) do distrito de Setúbal vão abandonar o partido, acusando Paulo Portas de promover o «amiguismo e clientelismo».

SPORTING

Ok! Aki a única coixa k me vai deter, além de k ninguém vai ler ixto, é o work k acumula.

O Sporting ganhou ontem o primeiro derby da temporada, frente a um Benfica - frágil e partido.
O Benfica do playboy Quique Flores (que fala nos media komo se estivesse em casa - castelhano F1) ... vem disfarçado de imensa coisa. 30 mil jogadores, milhões gastos, novo treinador e resultados zero com novas desculpas - Equipa nova, em construção, jogo sem importância... pois é... o k eu digo, como adepto do Sporting... é k ia ficar passado se ontem tivessemos jogado como eles. Não há a p*** de um treinador do Sporting que tenha entrado em campo, perante um adversário (leia-se inimigo) com a atitude de Flores. Se o fizesse, seria desde logo afastado pelos adeptos.

Entretanto, ganhámos e ... "...sim, claro o Sporting fez poucas contratações, tem equipa desde o ano passado" ... mas ganhámos sem o Miguel Veloso, o João Moutinho e o Liedson (três áses!). Temos mais equipa e Paulo Bento continua um senhor.

Único episódio a lamentar, e só justificável com um aperto... João Moutinho, o nosso capitão, disse que quer sair! Entristece... mas perdoamo-lo. Não vale a pena falar.

A banalidade contemporânea do amor

Não se ama quem se conheceu há 15 dias.

Super-Mulher






Gira ãh... mas ixto foi em 2000, oje


É capa da Time, por isto! Tento resumir, 41 anos, mãe, 5 participações em Jogos Olimpicos (9 medalhas), especialidade 50mt e 100mt, e consegue o fenomeno de hoje, ser mais rápida do que em 88. Ufff... Para segui-la em Pequim... tipo pato!

Entretanto, o PR - à revelia do conselho dos sábios - promulgou o novo acordo ortográfico.

Politicamente - à luz da economia global, do atraso português face ao protagonismo do Brasil (um dos BRIC´s) e à mais rica Angola - é correcto este deslize. Academicamente, não se discute, é indiscutível a punhalada no Português falado e escrito em Portugal. Não nos surpreende é a falta de explicação e ligeireza neste processo. Primeiro o escudo, agora a lingua. Misturo coisas? Talvez não...

Não sou contra a mudança, acho (e uso) o bué e o fixe enriquecem a lingua! K xe cumexe a uxar formax simplfcadras d xcrita- brilhante - a lingua não está morta, e onde alguns vêem atraso - eu vejo inteligência - na construção de uma nova linguagem - que longe de substituir a dos manuais - só o axam talvez quem se aliena da Educação..., enriquece o vocabulário, a comunicação e o universo - e é em si inteligente!

Farei um esforço para me adaptar, embora ontem em conversa, tenha apercebido que não sei escrever correctamente sutiâ (vulgo soutien) - ainda por cima, palavra tão fixe (=)(=) !!!
E... o k axam da invaxam dos :) ?!?! Aqui... a evolução é ainda maior, aproxima-se da escrita cuneiforme dos sumérios, grécius e egipcios... afinal, o alfabeto é substituído por simbolos! E isto, estou a ver, de Graça Moura ao Saramago a usarem! :p

TAP, Aeroporto de Lx e Groundforce

Continuo a achar que a TAP é das melhores companhias de aviação, tem óptimos pilotos, o pessoal de cabine é fixe e distribuem jornais desportivos e cerveja Sagres!

O Aeroporto de Lx parece Bagdad depois de bombardeada. Não é difícil questionarmo-nos o que andam a fazer por lá tantas máquinas vs a construção do novo aero vs o esbanjamento dos nossos aéreos.

O Groundforce, ou a empresa que trata da bagagem... alguém lhes puxe as orelhas, é preferível ser eu a ir buscar a mala ao porão a estar 40m à espera de bagagem... e isto é uma cena que se arrasta.
Colocarmo-nos na pele de outra de pessoa, é das tarefas mais dificeis.

Não é fácil encontrar um bom actor, um bom publicitário, marketeer, ou mesmo... um bom viajante ou ainda mais vulgar, um bom leitor.

Temos sempre a tendência, de avaliar o outro, de acordo com os nossos olhos. Chegamos ao Oriente e achamos grosseiro que comam cão, insectos ou ninhos de andorinha, sem perceber que podemos ofendê-los com o nosso nojo. Nos países árabes, os mais incautos, usam a "mão suja" para tarefas limpas, ofendendo-os com a nossa falta de higiéne. São pequenos pormenores, que nos distanciam de outras culturas. Não é preciso sabe-los, não cheguemos é com a arrogância de invasores.

Meter o povo na ordem

«Pequim2008
Autoridades publicam oito perguntas a não colocar aos estrangeiros
Perguntas sobre o rendimento pessoal, opinião política e religiosa ou sobre a vida sexual são algumas das questões que os cidadãos de Pequim devem evitar fazer aos estrangeiros durante os Jogos Olímpicos, noticiou hoje a imprensa chinesa.
As autoridades chinesas publicaram um aviso que apela aos cidadãos mais curiosos de Pequim para evitarem colocar as "oito perguntas", que podem envergonhar os estrangeiros que vêm assistir aos Jogos.
"Não faça perguntas sobre pormenores pessoais ou relacionados com o contexto familiar, não faça perguntas acerca de rendimento ou despesas pessoais, não faça perguntas sobre os bens da família", indicam os cartazes que o governo municipal colocou no distrito de Dongcheng, na capital chinesa, informou o jornal oficial Notícias de Pequim.
"Não faça perguntas acerca da idade ou do estado civil, não faça perguntas sobre o estado de saúde, não faça perguntas sobre onde vive a família, não faça perguntas sobre política ou religião e não faça perguntas sobre a vida amorosa", indica o aviso oficial.»
in Lusa.
«Morrer é diferente do que se pensa, e mais feliz.»
«O mais pequeno rebento mostra que na verdade a morte não existe.»

Hoje acordei mais ou menos assim...

Depois
(Pato Fu)


"Não foi dessa vez
Mas pode ter certeza
Mal posso esperar
Pra fugir da tristeza
Amanhã talvez
Vai ser um carnaval
Vão falar de mim
Pro bem ou pro mal
Tomo um café e um guaraná pra me animar
Mas ficou tão tarde
Que é melhor deixar pra lá...
Quando penso em nós dois
Deixo tudo pra depois
Quando penso em nós três
Fica pra outra vez
Juntei passos, palavras
Não era bem o momento
Fingi não querer nada
Tem horas que não me aguento...
Prometo, juro, garanto
Vou resolver tudo isso
Assim que tiver coragem
E mais nenhum compromisso"

sexta-feira, 25 de julho de 2008

É mais ou menos isto...


Janet Baker - Dido & Aeneas - When I am laid in earth
(Henry Purcell)


"Thy hand, Belinda, darkness shades me,
On thy bosom let me rest,
More I would, but Death invades me;
Death is now a welcome guest.
When I am laid in earth, May my wrongs create
No trouble in thy breast;
Remember me, but ah! forget my fate."

Lendo os outros

"(...) Não tenho nada com Angola, portanto, a não ser uma ligação profissional feita de bocados de histórias, entrevistas, reportagens. Sei o básico: uma longa guerra civil, um país dividido ao meio, cadáveres inchados nas ruas de Luanda em 1992/93 depois da primeira volta das primeiras e únicas eleições presidenciais, o corpo meio despido de Savimbi cheio de moscas em 2002, os baixíssimos scores nos índices de desenvolvimento humano, os processos a jornalistas, os jornalistas presos, as denúncias de falta de liberdade política e de falta de liberdade de imprensa, as denúncias sobre a riqueza pessoal do presidente em funções vai fazer 30 anos, as ligações da sua família a uma série de empresas. 
Não, não sou uma especialista em Angola. Não tenho histórias em primeira mão para contar nem relatórios de organizações internacionais para estrear. Mas não preciso. Basta-me saber que não há eleições no país desde 1992 para não gostar do Governo nem do presidente. E para tal tanto me faz que fale português ou outra língua qualquer. Tanto me faz que "nós" - sendo nós essa entidade chamada "os portugueses" - tenhamos "lá andado" 500 anos como não. Não aceito culpas históricas nem acusações de complexos colonialistas quando se trata de olhar para um país independente há 33 anos e constatar que está muito longe de ser uma democracia e por esse motivo muito longe de ser admirável ou "a todos os títulos notável". Percebo, claro, que uma coisa são os meus sentimentos enquanto pessoa, por acaso portuguesa, e outra muito diferente os interesses do meu país - sejam eles económicos, estratégicos, linguísticos, o que for. Percebo que as relações entre países não são relações pessoais e que se fazem muitas coisas em nome da chamada real politik que eu agradeço ao destino nunca ter estado em posição de ter de fazer. Mas creio que há coisas escusadas. E creio, sobretudo, ser tempo de percebermos, todos, portugueses e angolanos, que chega de facturas. Chega de confusões. Portugal colonizou e descolonizou, Angola é dos angolanos. Nenhuma razão para tantos paninhos quentes, nenhum motivo para tanto eufemismo, para tanto elogio rasgado. Façam-se negócios, certo. Apertem-se mãos, assinem-se acordos. Defenda-se isso a que se chama "o interesse português". Mas, por favor, não exagerem."

Fernanda Câncio, in Diário de Notícias

E porque é sexta-feira...

Strange Love 
(Koop)




Strange love
Even though you hurt me I feel blessed, Loved
Baby I'm your puppet on a string
Making me tumble and swing
Trouble's what you bring
Strange love
Strange love

Strange hope (love?)
You control my every little move now
Hanging from your strings is all I know
Starring in your puppet show
Never let me go
Strange love

All the things you've said and done
There's no space for me to run
Baby I've lost and you have won
Cause' all I really want is
Strange love

Even though you hurt me I feel blessed, loved
Baby I'm your puppet on a string
Making me tumble and swing
Trouble's what you bring
Strange love
Strange love
Strange love

quinta-feira, 24 de julho de 2008

Hoje acordei assim

«(...) Um dia há-de se ouvir
O cântico final
Porque afinal falta cumprir
O amor a Portugal
O amor a Portugal!»

quarta-feira, 23 de julho de 2008

De retiro...



[Foto: 'Marés que a alma tem...' de Ana Teles In: olhares.com]


Começo os meus Exercícios Espirituais... Uma semana... No Rodízio, bem pertinho da Praia Grande...
...em silêncio...


Rezo(-vos)!

"Não é o muito saber que sacia a alma, mas sentir e saborear as coisas internamente". Sto Inácio de Loyola.




Hoje na FNAC do Chiado


É apresentado hoje, na FNAC do Chiado, pelas 18h30, o último livro de Vasco Graça Moura, "O pequeno-almoço do sargento Beauchamp". A apresentar a obra estará Vasco Pulido Valente.

"A acção desta novela decorre durante a primeira invasão francesa, na confusa situação gerada pela presença das tropas napoleónicas em Portugal. A vida, os amores e os projectos de futuro de Jacinto Negrão Bezerra de Albuquerque, na Lisboa agitada de 1808, são-nos dados numa rápida sucessão de peripécias cujo encadeamento acaba por levar a um desfecho inexorável."

Escritor, poeta, cronista, tradutor e eurodeputado, Vasco Graça Moura dispensa apresentações. É um dos últimos grandes intelectuais portugueses.

Lendo os outros


"O EMBUSTE

Estamos em Julho. Em qualquer país "médio" da Europa, as temporadas de ópera já estão, de há muito, anunciadas. Por cá, o melhor que a OPART - que gere em conjunto a Companhia Nacional de Bailado e o nosso único teatro de ópera, o São Carlos - consegue anunciar é um eterno "Quebra-Nozes", dançado no palco do S. Carlos, lá para Novembro e Dezembro. De ópera, nem um pio. O dr. Pinto Ribeiro, numa das suas raras intervenções como ministro da cultura, não se mostrou agradado com a OPART, um embuste que serviu apenas para remover Paolo Pinamonti da direcção do Teatro. Está mais do que na hora de tirar daí as devidas ilações."


terça-feira, 22 de julho de 2008

Repete-se o verbo

Tu dormes.
Ele dorme.
Vós dormis.
Eles dormem.
Eu acordado. E já lá vão duas noites.
«All your insides fall to pieces, you just sit there wishing you could still make love...
(...)
It's the best thing that you've ever had, the best thing that you've ever, ever had.
It's the best thing that you've ever had; the best thing you've had has gone away.»
Cansaço, cansaço, cansaço foram as palavras que lhe ocorreram assim que saiu da porta para a rua e teve de enfrentar o mundo.

Hoje acordei mais ou menos assim...



If you were a cowboy I would trail you,
If you were a piece of wood I'd nail you to the floor.
If you were a sail boat I would sail you to the shore.
If you were a river I would swim you,
If you were a house I would live in you all my days.
If you're a preacher I'd begin to change my ways.

Sometimes I believe in fate,
But the chances we create,
Always seem to ring more true.
You took a chance on loving me,
I took a chance on loving you.

If I was in jail I know you'd spring me
If I was a telephone you'd ring me all day long
If I was in pain I know you'd sing me soothing songs.

Sometimes I believe in fate,
But the chances we create,
Always seem to ring more true.
You took a chance on loving me,
I took a chance on loving you.

If I was hungry you would feed me
If I was in darkness you would lead me to the light
If I was a book I know you'd read me every night

If you were a cowboy I would trail you,
If you were a piece of wood I'd nail you to the floor.
If you were a sail boat I would sail you to the shore.
If you were a sail boat I would sail you to the shore

segunda-feira, 21 de julho de 2008

Muito bem treinado

Dúvida que me assalta o espírito

Por que razão é que os supositórios que se tomam por onde se tomam são maiores que os comprimidos que se tomam pela boca? Não deveria ser ao contrário e facilitar-nos a vida?

Lendo os outros


"Limpeza étnica

O homem, jovem, movimentava-se num desespero agitado entre um grupo de mulheres vestidas de negro que ululavam lamentos. "Perdi tudo!" "O que é que perdeu?" perguntou-lhe um repórter.

"Entraram-me em casa, espatifaram tudo. Levaram o plasma, o DVD a aparelhagem..." Esta foi uma das esclarecedoras declarações dos autodesalojados da Quinta da Fonte. A imagem do absurdo em que a assistência social se tornou em Portugal fica clara quando é complementada com as informações do presidente da Câmara de Loures: uma elevadíssima percentagem da população do bairro recebe rendimento de inserção social e paga "quatro ou cinco euros de renda mensal" pelas habitações camarárias. Dias depois, noutra reportagem outro jovem adulto mostrava a sua casa vandalizada, apontando a sala de onde tinham levado a TV e os DVD. A seguir, transtornadíssimo, ia ao que tinha sido o quarto dos filhos dizendo que "até a TV e a playstation das crianças" lhe tinham roubado. Neste país, tão cheio de dificuldades para quem tem rendimentos declarados, dinheiro público não pode continuar a ser desviado para sustentar predadores profissionais dos fundos constituídos em boa fé para atender a situações excepcionais de carência. A culpa não é só de quem usufrui desses dinheiros. A principal responsabilidade destes desvios cai sobre os oportunismos políticos que à custa destas bizarras benesses, compraram votos de Norte a Sul. É inexplicável num país de economias domésticas esfrangalhadas por uma Euribor com freio nos dentes que há famílias que pagam "quatro ou cinco Euros de renda" à câmara de Loures e no fim do mês recebem o rendimento social de inserção que, se habilmente requerido por um grupo familiar de cinco ou seis pessoas, atinge quantias muito acima do ordenado mínimo. É inaceitável que estes beneficiários de tudo e mais alguma coisa ainda querem que os seus T2 e T3 a "quatro ou cinco euros mensais" lhes sejam dados em zonas "onde não haja pretos". Não é o sistema em Portugal que marginaliza comunidades. O sistema é que se tem vindo a alhear da realidade e da decência e agora é confrontado por elas em plena rua com manifestações de índole intoleravelmente racista e saraivadas de balas de grande calibre disparadas com impunidade. O país inteiro viu uma dezena de homens armados a fazer fogo na via pública. Não foram detidos embora sejam facilmente identificáveis. Pelo contrário. Do silêncio cúmplice do grupo de marginais sai eloquente uma mensagem de ameaça de contorno criminoso - "ou nos dão uma zona etnicamente limpa ou matamos." A resposta do Estado veio numa patética distribuição de flores a cabecilhas de gangs de traficantes e autodenominados representantes comunitários, entre os sorrisos da resignação embaraçada dos responsáveis autárquicos e do governo civil. Cá fora, no terreno, o único elemento que ainda nos separa da barbárie e da anarquia mantém na Quinta da Fonte uma guarda de 24 horas por dia com metralhadoras e coletes à prova de bala. Provavelmente, enquanto arriscam a vida neste parque temático de incongruências socio-políticas, os defensores do que nos resta de ordem pensam que ganham menos que um desses agregados familiares de profissionais da extorsão e que o ordenado da PSP deste mês de Julho se vai ressentir outra vez da subida da Euribor.
"


Mário Crespo no JN
(via 31 da Armada)

domingo, 20 de julho de 2008

Boas notícias!


Lula Pena (voz e guitarra)

Existem artistas e Artistas. A diferença não é apenas gráfica. A diferença é, acima de tudo e de todas as possíveis dúvidas, o modo como quem faz aquilo que nos dá, se entrega de alma e corpo nessa expiação do seu Ser íntimo. Deixando-nos, a nós meros espectadores ou apenas ouvintes, a sensação de que estamos a assistir/ouvir um momento especial. O Momento!
Neste pequeno lote de artistas encontramos Lula Pena. Bastou apenas um disco, Phados, para que todo o mundo (e sim, não é apenas uma expressão feliz mas sim a realidade da vida desta artista) se prostrasse a seus pés. Lula Pena é a encarnação do novo fado. Da renovação do fado tradicional em algo ainda mais puro, apurado e simples.
Depois de um sem número de viagens (à procura, à pesquisa) e de outras tantas em plena divulgação de Phados, Lula Pena encontrou outras maneiras de nos ir fazendo esperar, tremer por um novo disco de originais. Entretanto, dedicou-se a outras disciplinas artísticas como as performances (célebre a que fez a seguir ao lançamento de Phados durante a qual se podia ver num electrocardiograma o ritmo do seu coração enquanto cantava), colaborações musicais com músicos de outras culturas (com Jan de Haas e Osama Abdulrasol) e instalações diversas (composições feitas à base de samplers e de sons colhidos durante meses para ser escutada de olhos fechados em visita ao Planetário).
Agora, e sem ninguém o prever, Lula Pena prepara-se para mais uma vez nos surpreender com um disco, a sair ainda em 2008, e com a sua presença, em palco. 



15 de Agosto de 2008 
AUDITÓRIO DO MUSEU DO ORIENTE
19h00

Porque é Verão...




Colcha de croché gigante pendurada na Ponte D. Luís

A colcha de croché gigantesca que foi pendurada este sábado na Ponte D. Luís, no Porto, demorou seis meses a ser confeccionada por cerca de mil mulheres todas oriundas do concelho de Santa Maria da Feira, noticia a Lusa.
«Varina» é o título da instalação criada pela artista Joana Vasconcelos no âmbito do Imaginarius - Festival Internacional de Teatro de Rua de Santa Maria da Feira.

«É uma homenagem às mulheres do povo e cria uma dinâmica de intercâmbio com a paisagem envolvente, redefinindo e estimulando as tradicionais relações entre a arte e o tecido social, em clara comunhão com o espectro paisagístico - arquitectónico e natural - envolvente», afirmou à Agência Lusa Joana Vasconcelos.

A colcha com 35 por 15 metros pretende afirmar a vocação metropolitana do Imaginarius, que decorreu em Maio.

A artista já havia decorado no passado ano a torre de menagem do Castelo da Feira, num projecto intitulado «Donzela».

Na altura, cerca de 500 mulheres daquele município - sob a supervisão de Joana Vasconcelos - confeccionaram uma colcha com 7,8 por 4,55 metros também em croché, que ficou suspensa no exterior da fortaleza, «seguindo a tradição, associada às procissões, de ornamentar as janelas e varandas com as melhores colchas».

«A Varina vem dar continuidade à Donzela, compreendendo também a produção de uma colcha monumental, em croché, elaborada artesanalmente, com a colaboração activa da população feminina local», disse Joana Vasconcelos.

Segundo o vereador responsável pelo pelouro da Cultura da autarquia, Amadeu Albergaria, a iniciativa representa «o envolvimento da população numa actividade cultural já com raízes na região».

«Colocar um trabalho criativo desta envergadura num local tão emblemático, como é a Ponte D. Luís I, é o reconhecimento a todos aqueles que contribuíram para a sua confecção, para além de afirmar a vocação metropolitana do Imaginarius», acrescentou o autarca.

A instalação «Varina» foi inaugurada este sábado na Ponte D. Luís I, pelas 16h00, e ficará suspensa até 31 de Julho.

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"Este ano é que é!

Estamos num país de asnos e de enganos. Recebo cartas "por engano", telefonam-me "por engano", fazem-me débitos "por engano". Logo, é perfeitamente normal, até aceitável, que o Zé da Covilhã nos ande a enganar sem que nós nos importemos em demasia. O que é Sócrates? Um asno. Um homenzinho sem obra, dinheiro ou pensamento só podia chegar a Primeiro neste país de brincadeira, como dizia o defunto da fundação. Sócrates é também um expoente desta cultura adolescente que grassa por aí: a retórica é pobre, os engasganços, as sílabas perdidas, os pontapés na gramática são comuns, assim como a falta de vergonha na cara sempre que anuncia um "novo projecto", uma "nova etapa", um "novo começo", como se Sócrates e o país não tivessem um passado e um presente. Bom, Sócrates não tem e o país desde a abrilada anda a ser enganado por esta raça de asnos que pasta à Direita, à Esquerda ou ao Centro. Tenho vontade de mandar o Sócrates ir pastar para o c*****o que o f**a mas, ao que parece, é mesmo disso que ele gosta."

Eu quero paz



"Paz, eu quero paz
Já me cansei de ser a última a saber de ti
Se todo mundo sabe quem te faz chegar mais tarde
Eu já cansei de imaginar você com ela
Diz pra mim se vale a pena, amor
A gente ria tanto desses nossos desencontros
Mas você passou do ponto e agora eu já não sei mais...

Eu quero paz
Quero dançar com outro par para variar, amor
Não dá mais pra fingir que ainda não vi
As cicatrizes que ela fez
Se desta vez ela é senhora deste amor
Pois vá embora, por favor
Que não demora pra essa dor... sangrar"


Marcelo Camelo (Los Hermanos) por Maria João, in 'Maria João'
(Uma música que adoro da voz mais fantástica que existe em Portugal: Maria João)

quinta-feira, 17 de julho de 2008

Procuram-se Curadores


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"(...)
Não sei em que circunstâncias, Omar Khadr, com 16 anos e nacionalidade canadiana, atirou uma granada contra um soldado dos EUA, provocando-lhe a morte. Se era um guerrilheiros ou um terrorista. Foi preso. Mas não foi julgado e condenado. Foi internado em Guantanamo, a base norte-americana em Cuba, e está lá a apodrecer há seis anos. Como ele, muitos outros, combatentes fundamentalistas de Alá e que usam o terror para atingir os seus fins. Sem culpa formada, sem defesa e sem julgamento, num clamoroso atentado aos Direitos Humanos.

Omar Khadr foi torturado, interrogado por certo variadíssimas vezes, e uma parte do vídeo do seu interrogatório feito por oficiais do seu país, divulgado. Um espectáculo penoso e revoltante.
Não tenho a menor simpatia por terroristas. Nunca tive. Nem quando eles eram combatentes pela independência das nossas antigas colónias e massacravam inocentes, muitos deles africanos como eles. Mas não posso admitir que, especialmente em países do Ocidente, que se considera o maior expoente da civilização, no século XXI, se use a tortura (uma das torturas a que Omar foi sujeito, foi a do sono, durante seis dias, mudando sucessivamente de cela para não poder adormecer), a violência física e moral para obter confissões. Seja para o delinquente comum que numa esquadra de polícia leva uma carga de pancada, seja para o terrorista, seja para o guerrilheiro, seja para o soldado inimigo aprisionado em qualquer parte do mundo.

É cedo ainda para se saber quais as consequências da divulgação deste vídeo. Até agora os relatos orais conhecidos mobilizaram apenas os anti-americanos fundamentalistas. Como as imagens valem mais que milhões de palavras, pode ser que a consciência colectiva se revolte, mesmo em Portugal, mesmo sem os desmandos verbais da Drª Ana Gomes a quererem comandar essa consciência.

Agora que é preciso dizer não, é preciso. Em nome dos valores civilizacionais em que muitos, como eu, acreditam."

João Mattos e Silva, in 'Sem Contorno'

quarta-feira, 16 de julho de 2008

A Roca é uma empresa da Marinha Grande, cujo principal mercado é o da construção Espanhola. Com a crise no imobiliário, o efeito multiplicador global da crise espanhola chegou a Leiria, a empresa anunciou ontem o despedimento de cerca de 100 workers.

Vamos a contas, não nos chegava a crise cá, ainda sofremos com a dos vizinhos. Não só pela dependência da balança comercial, mas ... quantos emigrantes e portugueses (que vivem em regiões fronteiriças e não só), vão sofrer com isto... e por acréscimo e solidariedade, nós!?!?

Se eu kiser falar com Deus

«Todos somos chamados a fazer alguma coisa. Eu sinto como se o meu convite específico fosse para o sacerdócio. Portanto, não, não era possível continuar com o futebol. É absolutamente inevitável», Chase Hilgenbrinck.

Mas, se este é um desconhecido, Kaká do Milan... e bota de ouro (o melhor do mundo), já afirmou, quando deixar a carreira prosseguirá a via eclesiástica.
São só dois exemplos... já agora, o Fátima que brilhou na Taça Carlsberg o ano passado, o treinador é sacerdote também. E nós Paulo, depois do Braga, a Académica?
Aquando do dia dos namorados, distraidíssimo, fui a um japo pedir take away. Jogava-se a champions, o restaurante cheio de pares, eu sozinho, mas mais acompanhado do que elas, todos viamos o jogo da champions que passava nos plasmas por ali espalhados.

Neste momento, a Sport tv está a repetir os jogos do Euro. Ontem foi a mesma coisa, não havia um gajo, que falasse com a namorada com os olhos nela, e o jogo era o da primeira derrota frente à Suiça.

Como é que elas aguentam!?!?! Jogos de futebol, surfadas com esperas infindáveis no areal... algum dia vamos pagar isto tudo...


O teu destino


(...)
No café da praça em frente ao cais vi sobre as mesas
Uma disponibilidade transparente e nua
Que te pertence
O teu destino deveria ter passado neste porto
Onde tudo se torna impessoal e livre
Onde tudo é divino como convém ao real

Sophia de Mello Breyner Andresen

segunda-feira, 14 de julho de 2008

Super-vigilância nas praias da Costa do Sol


Depois da guerra que se instalou entre dois grupos rivais, em que teve de intervir a polícia, na sequência da qual foram encontradas enterradas na areia armas brancas e uma bala de 6,35 (seria para ser impelida por uma zaragatana, embora esta não tenha sido encontrada?), foi anunciado o reforço da vigilância policial nas praias de Santo Amaro e Torre, com patrulhas em viatura mais amiudadas e com polícias à paisana. Para suster as hordas de jovens dos bairros problemáticos da periferia da capital - com total direito a uns mergulhos e uns escaldões - não sei se estas medidas se adequam. Sobretudo os polícias à paisana. Porque ou eles andam vestidos dos pés à cabeça no areal e acontece como com os agentes secretos que se topam à légua ou andam de fato de banho e não sei onde esconderão as pistolas. O caso é mais complicado do que possa parecer.

6f!


Depois da Zona J e da Cova da Moura, os erros repetem-se.
É tudo uma questão de aprendizagem, estudar a história, passear pela cidade, ... um pouco de trabalho, bastava-lhes ter falado com os grupos de campo nestes bairros, qualquer coisa, menos despachar - o exemplo é o de Cascais - ok senhor Santo, em troca dos Jardins da Parede queremos 2 ou 3 bairros sociais!
Salvou-se a Linha de Cascais, o Bairro do Fim do Mundo e as Marianas, casos de sucesso, porque o vereador do PCP Carlos Rabaçal opôs-se.
Disse Não à criação de guetos, aglomerados habitacionais, onde se despejam, bem arrumadinhos, às centenas, sem olhar às diferenças culturais, étnicas, raciais, de grupo, conflitos latentes, rivalidades, ...!
O resultado é engraçado, porque isto não deixa de ter a sua piada, de tão previsivel e estúpido:
Ciganos e Negros odeiam-se
Vivem ao lado uns dos outros, são vizinhos,
das brincadeiras de crianças às marchas populares, a tensão parece uma bomba relógio
Os Ciganos vendem armas aos Negros
À primeira oportunidade, os Negros atiram sobre os Ciganos

Hoje acordei mais ou menos assim...



"De tanto me perder, de andar sem sono
Por essa noite sem nenhum destino
Por essa noite escura em que abandono
Os sonhos do meu tempo de menino

De tanto não poder mais ter saudade
De tudo que já tive e já perdi
Dona menina
Eu me resolvo agora ir me embora
Pra bem longe daqui

Um dia desses eu me caso com você
você vai ver.. ai ai..você vai ver
Um dia desses de manhã com Padre e Pompa
Você vai ver como eu me caso com você

Meu pobre coração não vale nada
Anda perdido, não tem solução
Mas se você quiser ser minha namorada
Vamos tentar, não custa nada

Até pode dar certo..ai ai
E se não der eu pego um avião
Vou pra Shangai e nunca mais eu volto pra te ver..

Um dia desses eu me caso com você
Você vai ver.. ai ai..você vai ver
Um dia desses de manhã com Padre e Pompa
Você vai ver como eu me caso com você

Um dia desses eu me caso com você
Você vai ver... você vai ver
Um dia desses de manhã com Padre e Pompa
Você vai ver como eu me caso com você"

Para a próxima desliga o portátil!


Hoje à noite ia começar a ler um romance que trouxe para férias. Desliguei a televisão, confirmei o silêncio na casa, e ia mesmo sentar-me no sofá quando vi o portátil ainda ligado. Vim espreitar o.insecto e sem querer cliquei num dos blogues que estão assinalados à margem. Acho que foi a minha primeira viagem a sério pela blogosfera, mundo e mundos que não conheço e que saltam do écran, uns atrás dos outros, com música, livros, viagens e conversas à solta. De repente senti-me noutro planeta. Lá se foi o meu serão a ler só o que diz o Amos Oz. Mas soube-me bem estrear assim as minhas férias, reparei que durante o ano não posso ficar assim a navegar sem tempo, é tudo a correr à procura de qualquer coisa...Amanhã levo o livro para a praia.

domingo, 13 de julho de 2008

Lendo os outros


"Faz-se assim: metem-se os pretos num prédio, os ciganos noutro e os drogados no que sobrar. Todos com assinatura do Taveira para que haja um certa cor multicultural. E vão-se todos dar bem porque, uma teoria que anda muito em voga, ninguém tem cultura, identidade, ou em última análise, dignidade. E depois o que é que acontece? Um preto chateia-se com um cigano, os ciganos pegam nas caçadeiras, os drogados estão a dormir e há tiroteio, televisões, GOE, análises psicosociais, em suma, o circo do costume. Em resposta, os comunas dizem que é necessário dignificar as forças de segurança; os betinhos de direita dizem o mesmo e o Senhor Doutor Engenheiro Arquitecto que lê muitos filósofos espanhóis, vai distribuir computadores e ligações à Rede. Tudo isto é existe, tudo isto é triste, tudo é isto é Fado (chuchalista-nacional)."
.
(imagem tirada daqui)

E como é que se fomenta a procura da arte?

"Criando por exemplo linhas de crédito para aquisição de obras de arte. Esse projecto já existe também, já falei com dois bancos.
(...)
Uma [linha] será para financiar aquisição de obras de arte garantindo apenas pela própria obra que fica em penhor e com uma taxa tão simpática como a que diz respeito ao spread do crédito à habitação."


José António Pinto Ribeiro, ministro da Cultura, em entrevista ao Expresso. 
Para ler na íntegra AQUI

sábado, 12 de julho de 2008

Já é demais!

Começo a embirrar com a OCDE e com a catadupa de estudos que nos atiram à cara dia sim dia não. Sempre para concluirem que somos os piores em educação, que temos imenso desemprego, que temos as ruas sujas, pais pedófilos, filhos violentos e agora que as nossas crianças, que já eram as mais baixinhas, agora são também as mais gordas. Mas eles não têm outros países com que implicar????

sexta-feira, 11 de julho de 2008

Inaugura hoje

Quizz para o fds

Qual o sector onde Portugal tem maior vantagem comparativa?

Em economês, onde deveria apostar, adquirindo maiores probabilidades de sucesso.

Há de facto um sector onde ganhamos, ao resto do mundo, mas... não há um sector dentro do Governo (uma pasta governamental, um Superministério), para o qual haja uma estratégia, uma ideia, canalização de investimento, desenvolvendo-o, rumo a um objectivo claro, blá blá blá, que torne o país Uma Empresa, capaz de gerar recursos, suficientes para esta malta toda... afinal, andamos aqui a fazer o quê?

A comprar submarinos, a fazer autoestradas, tgv´s, aeroportos, euros e a pensar em mundiais, a discutir as notas de matemática, a gastar dinheiro aos desbarato... tass bem... alguém há-de pagar por tudo isto.
Mais uma vez, esta malta não estudou, não leu, não vê, não nada. É tudo uma cambada de All qualquer coisa... não há operação de marketing que os safe.

Piada do dia via Andreia

O que é um um boneco de neve diz ao outro?
- Cheira a cenoura, não cheira!