domingo, 31 de agosto de 2008

Ache for him.




"Could he daily feel a stab of hunger for her and find nourishment in the very sight of her? I think so. But would she see through the bars of his plight and ache for him?"

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

E porque (ainda) é sexta feira

Porque o Pedro está no Leste, porque Ingrid Berman nasceu em 29 de Agosto de 1915, porque Casablanca é eterno, atrevo-me a este post. Para o Pedro quando chegar.

Quando até há por aí, um cd com o Quem és tu Zé Gato, o outro grande justiceiro que até Rui Pereira tenta recuperar (parece que já aprendeu a assobiar e tudo a melodia), eu recupero esta

em rotação há muito tempo por aqui. canção perfeita. Amélia dos Olhos Doces

Mais um dia dedicado ao amor impossível

Tem sido uma boa semana esta, final de tarde até bem depois de ter chorado a fuga do sol para outros mundos, dentro das águas frias da Praia Grande. Não tivesse nascido no Guincho e chamava-a de mãe.

Heart of Glass

Em grande rotação. Blondie
Comparem-na com a Rita Hayworth de put the blame on mame e observem a evolução da sedução, a Blondie mal precisa de se mexer.

Shoot you down Bang bang

E se a criminalidade não mudou. E se, o que terá mudado, é a visão do valor da vida para o Homem?
Quem vamos culpar, os pais, a escola, a sociedade, a televisão, os directores de grelha, o estado, os jogos de computador, os tribunais, prisões e reformatórios, a guerra na televisão e com os vizinhos, ...?
Put the blame on mame

Cangalheiro


Faz pena ver o ministro Rui Pereira, coitado, disseram-lhe que a AI era um ministério cool, tranquilo, não se passava nada e sai-lhe os media na rifa, em perseguição do Fantástico, a desfazer a vida do pobre homem, estava tão bem lá na loja, de avental e a jogar aos simbolos e agora, tem de ver-se com brasileiros a assaltarem bancos falidos e sequestrarem funcionários para livrarem o corpo ao manifesto, outros que assaltam joalharias e carros blindados, o assalto às bombas de gasolina com uma tradição que remonta à vinda da claque dos dragões a lisboa. O crime mudou, mas as pessoas não têm com que se entreter.



É tudo uma questão de circo ó Rui, dá-lhes o "espectáculo de categoria internacional" do La Féria que o povo adormece enquanto não enganam mais uma aldeia com mamografia por satélite. Sim a criminalidade está a aumentar, uma chatice. Chamem o justiciero Lucky Luke e arrumem o cangalheiro. Enquanto isto, Sócrates encomenda cicuta na web, num pequeno portátil claro.

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Dali


Porque o Poirot não pintava! Personagem misógino ou ausente de sexualidade?

Christian Schad


Picasso



Pablo aos 25 e 91 anos.

Durer


Além do meu, outros que ficaram célebres.

Auto-retrato


Depois de queimarem a ponta do nariz com azoto, é assim que eu me sinto, um Rodolfo!

Fé sem fronteiras

Nossa Senhora de Fátima em Cracóvia.

Morres tu, morro eu, morre tu que não te conheço de lugar nenhum

s"...e se o Estado deve garantir normas de liberdade para cada um levar a sua vida, também deve proteger os mais fracos e vulneráveis a posições de força.
O liberalismo normativo pode ter lamentado o veto do Presidente à lei do divórcio, mas não o liberalismo social que não deseja o casamento submetido ao absoluto arbítrio da vontade individual."

Pedro Lomba, "Escolha o seu liberalismo", Diário económico de 27 de Agosto de 2008

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Voltar a Arcade Fire. Agora numa outra postura. O album Funeral. Não há nenhuma obra que se possa comparar a este album nos últimos anos. É como o Requiem de Mozart e todas as outras obras primas, dele e de outros compositores, que foram escritas naquela altura, são bons é claro, são grandes, imortais tudo isso, mas Funeral está muito para além de qualquer coisa.

Música

peter pan de Leonard Bernstain conduzida por um dos mestres do mago da música americana, nome Alexander Frey. Perseguindo, tudo o que encontro do peter, estou por lá a voar.

Não melhor, mas outra experiência. Aldo Ciccolini já pertence à história da música, quando decidiu tocar como ninguém mais se atreveu a tocar Satie (aí no tube). Agora vem (quase a casa) a Cascais tocar outro mestre (de outros, não sou agressivamente fanático), Chopin.

TV Memória



Carlos Paião morreu fez ontem 20 anos.

Carmina Burana dançada

O Ballet Flamenco de Madrid vai interpretar uma versão dançada de "Carmina Burana" em Lisboa, no Coliseu dos Recreios, em 11 de Outubro. Esta obra do compositor alemão Carl Orff, apresentada pela primeira vez na Ópera de Frankfurt em 1937, baseia-se em numa colecção única de poemas, textos e manuscritos dos clérigos medievais e estudantes errantes, que foi encontrada num mosteiro da Baviera, do início do século XIII. Os poemas, escritos na sua maioria em latim, incluem canções de amor, de taberna, sátiras e canções estudantis que fazem o elogio dos prazeres carnais e da vida desregrada.

terça-feira, 26 de agosto de 2008

Boas notícias



Depois de uma intensa actividade nos últimos meses em concertos nacionais e internacionais, Katia Guerreiro está desde o dia 18 de Agosto em estúdio, preparando um novo álbum de originais a que dará o nome genérico de FADO. As gravações decorrem em Lisboa, nos estúdios Namouche, e a fadista será acompanhada pelo seu trio de músicos habitual: João Veiga (guitarra clássica), Paulo Valentim (guitarra portuguesa) e Rodrigo Serrão (contrabaixo). Uma participação especial está também prevista, mas Katia prefere manter segredo sobre a identidade do convidado, por enquanto.

Neste novo trabalho manter-se-á a grande preocupação que a cantora tem demonstrado, desde sempre, com o rigor na escolha das letras e das composições a que dá voz. FADO será o corolário de uma intensa pesquisa na poesia portuguesa, que vem sendo feita desde o primeiro cd que gravou, FADO MAIOR (2001), e nos dois seguintes, NAS MÃOS DO FADO (2003) e TUDO OU NADA (2005).

A chegada ao público deste novo trabalho está prevista para Outubro próximo.

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

A Morsa


Em resposta à onda critica brit, quando a inteligentzia se ocupava a discutir o sentido metafisico e ácido, da escrita de Lennon&McCartney, Lennon escreve "I´m the Walrus".
Não sei se quis insultar os senhores que o tentavam divinizar, o que ele quis mesmo, foi fazer troça deles. Escreveu uma bela canção sem sentido algum e deu-lhes de bandeja. Pelo meio faz referência a Lucy in the Sky ou Waiting for the Sun, vai buscar o senhor Fantástico Edgar Allan Poe, e goza, bastante.
Apenas isto, é uma grande música, num grande album, ao lado de Strwaberry Fields e de All U Need is Love, tá tudo em Magical Mystery Tour.

Tempo de Antena SCP


Vencemos 3-1.

Este 1 do Trofense, é um penalti.

Vermelho justo a Polga e marcação de grande penalidade.

Pormenor - a falta ocorreu a uns bons 3mt da grande área.

Até eu nos céus e miope o vi. O árbitro, levado pelo fiscal de linha, resolveu estragar a festa.

O que se seguiu, foi a maior vaia de que há memória. Começa bem o ano.



Toda a gente viu o Benfica jogar com 14. Tantas foram as faltas e amarelos que ficaram por marcar. Toda a gente viu, um penalti ser assinalado, num sitio onde nem Pinto da Costa ou Valentim Loureiro se atreveriam a exigir a troco de pulseiras de ouro.

O espaço que se segue é da exclusiva responsabilidade de um Sportinguista

O SLB jogou ontem em Vila do Conde, frente a um Rio Ave recém adquirido pela I Liga. Ouvi mais do que vi, comento metade.
(1) O Presidente do Clube de férias no Algarve, deve ter achado Vila do Conde nos cus de judas, nem eu nem ele pôs lá os pés!
(2) Quique apareceu armado até aos dentes, com um defeso milionário para defrontar um Rio Ave, recheado de futebolistas como Semedo, um jovem de 28 anos acabado de aterrar na I Liga, vindo de um Odivelas! Aimar que se cuide...
(3) Quique no final do jogo diz "Sempre mais perto de ganhar". Denota aqui principalmente, inteligência e criatividade na resposta. Falta-lhe ambição. Já o tinha mostrado frente ao Sporting, quando entrou em campo sem perceber quem são os Leões, frente ao Rio Ave, aconteceu o mesmo, o SLB não foi lá ganhar, os jogadores ainda não chegaram à letra "V" de Vitória.
(4) Os comentadores da Radio Clube, no final, quando não lhes era sequer pedido, desfizeram-se em desculpas "equipa nova", "primeiro jogo da época" ... foi um bom programa de humor.
(4) No meio disto tudo, tenho pena dos milhões benfiquistas. mas contem comigo, sábado lá vou à Luz ver o Lucho jogar. Quique, o SLB e o grande Rui Costa que se cuide, começar a época com um empate frente a um menor, perder com o Porto e 2 semanas depois perder com os Leões, não vai ser fácil de explicar.

sábado, 23 de agosto de 2008

Estilo

Nicolau II Romanove
(Николáй Алексáндрович Ромáнов, Nikolaj Aleksandrovitch Romanov)

Imperador e Autocrata de Todas as Rússias, Soberano da Circássia e dos Princípes de Moutan, Senhor do Turquestão, Duque de Schleswig, Holstein, Stormarn, Ditmarschen e Oldenburgo, Herdeiro da Noruega.

Nasceu no Palácio de Catarina, próximo de São Petersburgo, a 18 de Maio de 1868. Filho de Alexandre III, foi o último czar da Rússia. Governou desde a morte do pai, a 1 de Novembro de 1894, até à sua abdicação em 15 de Março de 1917, tendo sido morto com toda a família imperial russa na cidade de Ecaterimburgo, em 1918, durante a Revolução Russa.

Coisas que se aprendem na televisão...

Gormogons
.
The Ancient Noble Order of the Gormogons was a short-lived eighteenth century society; leaving no records or accomplishments to indicate its true goal and purpose. From the few published articles, it is thought that the society's primary objective was to hold up Freemasonry to ridicule. During its brief existence, it was accused of being a Jacobite-leaning group. There is some evidence of such an association, since the first known Grandmaster (or Oecumenical Volgi) was Andrew Michael Ramsay of Ayr, Scotland, a Jacobite of strong convictions. It also appears to have been a charitable organisation, at least according to its surviving bylaws. There are also some surviving pendant badges, bearing their sign.

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Curioso observar a linguagem gráfica, cores, abundância de informação, disposição das notícias, etc etc. Parece um folheto do continente.

É que gostamos mesmo disto!!



Secret
(The Pierces)

Break on Through to the Other Side

É a primeira música do primeiro album dos Doors.
Como então, ainda hoje é Incrivel.
Aplica-se tanto ao nosso bom Portugal.

Títulos da Imprensa Portuguesa


"Afinal, havia ouro"

Público - Vergonhoso
"Nélson Évora, Salto de ouro sobre o péssimismo"

DN - Péssimismo criado pelos media


"Salvou a Pátria"

Record - De si mesma


"Nélson Évora, Quarto campeão olimpico português, bandeira de ouro"

A Bola - Menino de ouro
"Nélson Évora, Ouro"

Correio da Manhã - Ouro

E porque é sexta-feira

Kill! Kill! Kill!
(The Pierces - a minha última paixão)

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Fala por ti, rapaz!

"(...) E constatar que, salvo estes atletas, gente que ainda perde tempo com a nossa bandeira, nós somos uma merda. Como país, como pessoas, como portugueses. Uma merda. E isto é tudo o que eu tenho a dizer sobre o assunto."

Jacinto Bettencourt in 31 da Armada

Qualidades desportivas e também pessoais


Depois do Mundo, o Olimpo


Parabéns Nelzzzzzzzzzzzon voador!



«Entrei muito bem na prova e sabia bem que queria fazer um bom resultado. Sabia também que o recorde pessoal (era 17,51) devia dar medalha. Ainda não consigo acreditar que o fiz... Estou muito feliz»


Estas foram as declarações quando conquistou o mundo. Hoje deverão ser semelhantes.



Só um pormenor, o Nelson Évora, treina sozinho todos os dias no Estádio Universitário. É um campeão! A medalha é dele apenas.

ORGULHO!

Nélson Évora sagrou-se campeão olímpico ao alcançar a medalha de ouro no triplo salto, com 17,67 metros. Parabéns Nélson!

Cristiano Ronaldo

É o nome mais falado no meio desportivo português.

Saiu da Madeira, de casa dos pais, com 11 anos, passando a viver e a treinar na Academia do Sporting. É assim que se constroi um campeão, muito, intenso, trabalho e sacrificio desde os primeiros anos de vida. Os senhores jornalistas e restante povo, que pense um pouco, antes de exigir igual rendimento a outros atletas. Continuo com a mesma opinião, os grandes resultados alcançados, são obra do acaso e do esforço único dos atletas. É uma afronta, agora, começarem a mencionar os 14milhões investidos pelo Estado. Enfim, vai para o anedotário nacional.

Elogio à Vida


Maarten van der Weijden, medalha de ouro nos 10 km masculinos de natação, sete anos após iniciar a luta contra o cancro.
É assim que se perpétua a espécie. Lutando pela sobrevivência.

Péssimo Caminho

Os EUA e a Polónia fecharam acordo para a instalação de uma barreira/ escudo em território polaco. Não é apenas uma afronta à Rússia, é-o a todo o espaço europeu.
O sec XXI que deveria ser, um século de renascimento, de esperança, de parar e analisar a acção do Homem, está a ter um início fulgurantemente mau.
Na Economia, o mundo conseguiu furar o limite imposto pelo crash de 1927 e pela crise petrolifera dos anos 70. Politicamente, parece ressurgir a Guerra Fria. E há quem apoie isto tudo.
O El Pais, tem artigos e relatos impressionantes, sobre a tragédia de ontem em Barajas. É uma liçaõ de tudo. Sobrevivência, desconsolo, profunda dor, milagre. É ao mesmo tempo, uma lição de grande jornalismo.

Na edição on-line do dn, "Ao menos 153 pessoas morreram...". Ao menos!??!?! Admito que seja um erro, mas um erro de profundo mau gosto.

No bom caminho


Segundo o DN de hoje, o candidato republicano à presidência dos Estados Unidos, John McCain, está à frente do democrata Barack Obama. Esta informação baseia-se na sondagem do Zogby Institute, segundo a qual McCain aparece com 46% das intenções de voto, enquanto Obama tem 41%. Esta é a segunda pesquisa divulgada hoje que aponta McCain à frente do candidato democrata.

A não perder


Hoje às 13h20 (hora portuguesa), "entra em campo" Nelson Évora, na final olímpica do Triplo Salto.

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Tragédia


Nota de prensa

Spanair, lamenta confirmar que 164 pasajeros y 9 miembros de la tripulación se encontraban a bordo del vuelo JK 5022, que sufrió hoy un accidente en Madrid.

El accidente se produjo a las 14:45 hora local en el momento de despegue del avión, un modelo MD-82.Los nombres, tanto de los pasajeros como de la tripulación que se encontraba a bordo del avión, no se darán a conocer hasta que estén informados todos sus allegados. Se ha establecido una línea telefónica para facilitar información a todos aquellos familiares y amigos que deseen conocer detalles sobre los pasajeros que pudieran haber estado a bordo del avión. El número de teléfono es él +34 800 400 200.

Spanair está formando en Palma de Mallorca un equipo especialmente entrenado, que se trasladará en avión hasta Madrid para ofrecer el apoyo y asistencia en el lugar del incidente.

Spanair está contribuyendo en todo lo posible a ayudar a las autoridades madrilenas en estos difíciles momentos.

Divórcio

«O naturalismo como fundamento ético é desastroso para a sociedade a médio e a longo prazo (...)».



D. Carlos Azevedo, porta-voz da Conferência Episcopal Portuguesa
(em declarações à Agência Lusa, a propósito do Veto Presidencial do diploma que altera o Regime Jurídico do Divórcio)

Lendo os outros

"(...)
Da vida e das dificuldades dos outros, os que ainda não saltaram para o 1º lugar do pódio, nem queremos saber. Só nos interessam as vítimas ou os heróis, tudo o resto é como se não existisse, como se vivesse num limbo até que o seu destino se defina, sabe-se lá porquê, como desastrado ou glorioso. Talvez seja por isso que muitos nem chegam sequer a tentar, outros se considerem medíocres quando são medianos ou bons, outros ainda se habilitem a altos voos para que não têm asas e acabem queimados quando podiam muito bem ter uma carreira de sucesso. É que nós, os portugueses, não fazemos por menos. Ou tudo, ou nada. Ou já vimos o resultado estrondoso, ou não damos nada pelo candidato. Se conseguir, é um deus. Se falhar, é motivo de chacota e desprezo, sobretudo por se ter atrevido a tentar. Por isso vivemos da glória de poucos e justificamos a mediocridade de muitos."

Suzana Toscano, in 4R

Os JO estão quase ao mesmo nível de uma licenciatura à distância em engenharia, serve apenas para o principal desporto nacional, jogado de preferência de costas voltadas, sinal de força e coragem dos atletas, sentados, barriga grande porque subir um lanço de escadas já cansa, sofá e televisão, dizer mal, muito bastante e em todas as direcções. O quê? Ninguem liga, importa é dizer mal, sobre qualquer coisa que mexa.
Deixo algo para se entreterem. Há falta de coisas para fazer. Nem os extractos dos "entre 3 a 10 empréstimos" distraiem os tugas. Leiam Sándor Márai. Quem? Oiçam música aqui, vistam o fato de treino e vão caminhar até ao lidl comprar cerveja. Bem hajam
Na imagem, Marco Freitas. Vai ficar conhecido como, mais um dos que tentou sair da mediocridade nacional, e o que apanhou, foi porrada. O primeiro português no Ténis de Mesa a conseguir chegar tão longe. Granda Marco saúdo-te.

De maneiras que, para reentrar bem depois das férias, mal me tenho de pé derivado a uma gripe brutal que agarrei. É que não vem nada a propósito!



Pelo menos é só uma gripe, não é uma Patite V... Odeio estar doente!

terça-feira, 19 de agosto de 2008

Super-Homem


O Nuno Vicente.

É o terceiro português a cruzar a Mancha a nado e solitário. Ao contrário do Miguel (a semana passada), o Nuno conseguiu chegar à outra margem, mas em esforço sobre-humano constante. Sujeito às adversidades da Mancha e a enjoos, ele mesmo descreve tudo em O Sonho da Mancha. É o Nuno, um ser incrível e grande nadador. Vejo-o a fazer tudo de novo, não vai ficar pelo tempo que fez agora, o Nuno ambiciona bastante mais.

Gustavo Lima, campeoníssimo num dia de maus ventos.
A 1 ponto de uma medalha. Impossível imaginar a raiva, fúria, decepção, tristeza que o tomou. Não sei se vai abandonar a competição, eu naquele momento, de certeza, o que me apeteceria era abandonar o mundo. Grande resultado, parabéns ao Gustavo e à vela de Cascais.

Naide Gomes. Campeoníssima num dia mau.

Brando Unzipped


O animal com maior carga sexual do mundo* e de maior talento. Marlon Brando, despido numa biografia porno ou como usou o corpo, para atingir tudo o que queria. O desejo, ou o desejo do poder, ou o desejo do poder do corpo.

* Adeus Ava

"To do list"

1. Não fazer planos.
2. Tirar partido das oportunidades.

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Agenda

Hoje recomecei a trabalhar.
Amanhã jogo no Euromilhões!

Se ela o diz...


"Vanessa Fernandes considera que há atletas portugueses que desconhecem o significado de viver em desporto de alta competição, como em Pequim'2008. "A alta competição não é brincadeira nenhuma. Não é fazer meia dúzia de provas, andar a receber uma bolsa e está feito. Muitos não vêem bem a realidade das coisas. Não têm a noção do que isto significa. Se calhar por termos facilidades a mais", criticou a vice-campeã olímpica do triatlo.
Quando vários elementos da Missão de Portugal nos Jogos Olímpicos têm dado as mais diversas e originais desculpas para os respectivos falhanços desportivos, a medalha de prata faz questão de se distanciar de alguns comportamentos.

"Nunca na vida vinha para aqui para viajar e ver os Jogos. Para isso, não vinha. O meu pensamento nunca foi assim", vincou, defendendo, em tom de brincadeira, que no fim dos Jogos Olímpicos se deveria fazer a avaliação a cada atleta.

As declarações de Vanessa Fernandes surgem no mesmo dia em que o presidente do Comité Olímpico de Portugal (COP), Vicente Moura, pediu "profissionalismo e brio" aos atletas, não conseguindo esconder o seu desagrado pelas atitudes assumidas por alguns dos portugueses presentes em Pequim.

A atleta do Benfica cita exemplos de falta de ambição: "É que há pessoas a quem lhes é igual ficar em 50º ou 20º ou o que quer que seja. Nunca pensaria assim. Até ficava desiludida se pensasse dessa maneira. Os resultados é que me dão ambição para fazer melhor para a próxima. E nunca estou satisfeita", insiste.
Vanessa Fernandes diz que muitos não entendem o que é a alta competição: "É como um trabalho. Tem de ser feito. Devemos trabalhar para o que fazemos, no meu caso o triatlo. Há dificuldades em Portugal em entender isso".

"Na alta competição deve haver objectivos concretos, pessoas em quem confiar a 100% e nunca fazer as coisas só por si próprias. Ter sempre uma boa equipa, saber o que se quer, onde se está e o que significa alta competição", reforça.

A vice-campeã olímpica considera que às vezes não há pressão suficiente sobre os atletas no sentido de os fazer perceber a realidade, "o que é pena, pois temos muitos talentos". Precisando: "No atletismo, natação... o Tiago Venâncio, para mim, podia ser um grande atleta. Mas não há uma estrutura fixa nestes sectores, é tudo à balda, o que é pena", exemplifica."

E o Sporting que venceu mais uma Supertaça


E vai na terceira derrota consecutiva (= a 3 taças) infligida aos dragões... Em noite de lua cheia, festejamos até às 5am com minis e King!

Número 1 - Rafa Nadal


A matéria quente de Nadal, 22 anos, um campeão nato.

Prata que sabe a ouro!


Grande Vanessa!!

domingo, 17 de agosto de 2008

Os vendilhões do templo


Quem me conhece sabe que gosto de igrejas. Gosto de entrar e de ficar sentado, às vezes em silêncio, outras em oração. Hoje, na Sé de Évora pediram-me dinheiro para eu poder entrar na Igreja. Fosse para rezar ou para visitar, tinha que comprar um bilhete.
É absolutamente inacreditável que a Igreja cobre para que os fiéis possam entrar na casa de Deus! Que rentabilizem as visitas ao Claustro ou ao Museu eu acho louvável, mas juro que não compreendo como podem cobrar para que alguém possa entrar num espaço que é de todos! Por princípio recusei-me a pagar. Como é evidente, não me deixaram entrar. Deve ir bem a Fé em Évora para se darem ao luxo de cobrar entrada a quem quer rezar!!

Ó insensato coração...

Morreu ontem com 94 anos. Escreveu algumas das músicas mais conhecidas e interpretadas pelos cantores do Brasil. Entrou nos ouvidos dos portugueses nas vozes de Gal Costa, Bethânia, Milton Nascimento, Simone, Jobim, João Gilberto e, antes de todas, na de Carmen Miranda com "O que é que a baiana tem?".

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

Lula Pena no Museu do Oriente


Lula Pena cantou hoje no Auditório do Museu do Oriente. Já não a via/ouvia ao vivo há algum tempo mas Lula Pena está na mesma: a mesma pose humilde, o mesmo sorriso simples, a mesma graça tímida, a mesma voz profunda.
Podia começar este post a falar da inacreditável parecença física entre Lula Pena de cabelos curtos e a Amália Rodrigues dos anos 60 (ou do vídeo da Gaivota, de 1965), mas em boa verdade essas semelhanças são irrelevantes: a voz é outra, a atitude é outra, a carreira é outra, o estilo é outro. Em suma, não interessa nada dizer que são parecidas. Mas são. E impressiona.
O repertório deste concerto foi o de sempre mas com muitas novidades. Muito fado (o que ela canta melhor), alguma musica brasileira, alguns temas tradicionais portugueses e mais uma ou outra coisa, tudo numa grande e ininterrupta sinfonia. Gosto da Lula Pena. Gosto muito e gosto há muito. Em Lula Pena nada é artificial, tudo é música. As suas interpretações de fado são únicas porque Lula Pena reduz o fado ao essencial: voz e guitarra (que não é a portuguesa). O resultado? Música, palavra, sentimento, ALMA.

Enquanto ouvia o concerto, lembrei-me de uns versos de Pessoa:

"Eu quero um colo, um berço, um
braço quente em torno ao meu pescoço
E uma voz que cante baixo e pareça querer fazer-me chorar
Eu quero um calor no inverno
Um extravio morno da minha consciência
E depois sem som
Um sonho calmo
Um espaço enorme
Como a lua rodando entre as estrelas "

Hoje foi mais ou menos assim. Senti o colo, o berço, o braço quente em torno ao meu pescoço enquanto a voz de Lula cantava e parecia querer fazer-me chorar.

Parece que lá mais para Outubro há um novo cd, que o 'Phados' já foi em 2001! Aguardamos ansiosamente!

Os comentadores acharam uma maçada

Ontem vi a retransmissão da cerimónia de abertura dos jogos Olímpicos na RTP e nem queria acreditar na indigência dos comentários, assim com uma má vontade mal disfarçada, de vez em quando a reconhecer que, vá lá, aquilo até era interessante, outras vezes incapazes de explicar o sentido das coreografias. O pior foi no fim, quando se ia acender a chama olimpica com um atleta a “correr” no ar, à volta do estádio, sobre imagens virtuais, até chegar ao facho. Os comentadores começaram por achar a ideia fantástica mas, quando perceberam que aquilo ia demorar alguns minutos só assim, o homem a deslizar ao longo do estádio, lá no alto, num movimento contínuo e sem mais nada para nos entreter até completar a volta, aí acharam uma maçada. Ocuparam o tempo a contar quantos metros faltariam e a criticar a duração da “volta”. Diziam, muito críticos, que a “ideia” perdia o “impacto”.
É nisto que estamos atolados, de “ideias” com “impacto”, com avaliação dos “efeitos”, de imagens rápidas,para impressionar. simbolismo que vá às urtigas, o que nós queremos é que nos distraiam com foguetes e luzes, lá o que pudesse querer significar aquela volta ao mundo isso nem nos ocorre.

E porque é sexta-feira

Please don't stop the music
(Rhianna)

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Há anuncios brutais...

Desculpem, mas não perecebi

O programa da tarde de hoje, Opinião Pública, da SIC Noticias, é sobre o “Crescimento da economia portuguesa”, na sequência das declarações do Ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, que enalteceu a capacidade da economia portuguesa estar a conseguir superar a crise que está a assolar as economias europeias, mostrando-se o Sr. ministro confiante em relação ao futuro.
Sou eu que vivo noutro país ou será o Sr. ministro esquizofrénico?

Olá

É verdade nos discutimos, nós berramos, nós gritamos alto e muito alto, nós discordamos, nós pensamos diferente, nós temos caminhos diferentes, nós somos diferentes.
Mas no fundo e no final fica sempre a amizade que nos une. Que faz com que tudo o que existe seja especial e que dure para além das pequenas coisas que, por vezes, nos separam.

De regresso.

Quantum Leap


Em conversa, juntámo-nos 2 ou 3, todos tinhamos histórias de esquecimento, roubo de material, etc. Nos Açores há uns anos, despi o fato, pu-lo em cima do tejadilho e arranquei para o esquecimento. Anos mais tarde, aconteceu o mesmo, mas com uma prancha. Weird, mas verdade. O B. escondeu a chave do carro na rocha, quando voltou, não tinha chave, pranchas, carteira, cartões de crédito etc. Em 2h riparam-lhe cerca de 11000€ dos cartões. Tudo com a benevolência dos senhores das lojas. Não confirmam assinatura de cartões e só disponibilizam imagens de video captadas, com mandato policial. As imagens são guardadas durante 15 dias e o mandato demora 1 1/2 a ser emitido. Até que vale a pena andar a roubar. Segundo ele, de roupa, relógios a plasmas, valeu tudo.
Essa maravilha tecnológica aí em cima, é só o fato mais quente e elástico alguma vez construído. Hoje mesmo, vamos experimentar-nos.
Dentro do fato, podia ser eu. Revestido de metamaterial. Parece complicado, mas torna-se simples. A invisibilidade atinge-se através de um material que desvia a direcção da luz. Nada mais fácil, construa-se então esse metamaterial com indíce de refracção negativa. É o que uma equipa da universidade de Berkeley anda a fazer. Já conseguiram. Quantum Leap!

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Lendo os outros

"O deputado que vai de férias e encontra o país

Não gosto de criticar o dr. Santana Lopes porque não gosto de mandar estalos em bebés na incubadora, mas agora vai ter mesmo de ser.

O anterior primeiro-ministro conta no seu blogue que não encontrou um único oftalmologista no Algarve, em pleno Agosto, que pudesse socorrer um familiar que teve um problema grave nos olhos. Só através de “contactos” conseguiu desencantar dois especialistas de Coimbra.

Durante o desabafo, Santana Lopes lembra, antes que alguém lembrasse, que exerceu o cargo de primeiro-ministro. E defende-se, antes de qualquer ataque, com o «pouco tempo, muito pouco tempo».

Como é evidente, a culpa de não existir um único oftalmologista em todo o Algarve, durante o mês de Agosto, não é do fugaz primeiro-ministro Santana Lopes. Mas pode ser do deputado Santana Lopes. Dele e dos restantes parlamentares. Sobretudo dos que foram eleitos pelos algarvios.

Quando o serviço nacional de saúde falha – e não há dúvida de que falha quando não há um especialista em oftalmologia num distrito inteiro, com milhares de pessoas em férias – a culpa é imediatamente do Governo, mas pode não ser só do Governo. O nosso regime democrático, embora mal frequentado, ainda respeita alguns princípios básicos. Um deles é a existência de uma oposição que pode e deve “fiscalizar” o Governo, nomeadamente no que diz respeito ao escrupuloso cumprimento da Constituição.

Mas isto é teoria. Na prática, a Assembleia tem os deputados da linha da frente, que só procuram protagonismo, e os monos das galerias, que vão hibernar para o Parlamento enquanto não é preciso organizar grandes jantares com o líder do partido, lá no concelho que dominam.

O dr. Santana Lopes não se pode queixar do país, mas não é por ter sido primeiro-ministro. É, isso sim, por ser deputado da nação e não mexer uma palha por um oftalmologista no Algarve. Ele gasta, com os colegas, todos os minutos do tempo parlamentar a tentar mostrar que é melhor do que Sócrates, quando o que era preciso, mesmo preciso, era um oftalmologista no Algarve."

JCS, in Lobi do Chá

Hoje acordei mais ou menos assim...

[Sasha Waltz] Dido & Aeneas




Produção da Vogue. Ainda Phelps.



Produção da Vanity Fair, Michael Phelps e Julianne Moore. Tivesse eu visto esta produção há mais tempo, e tinha começado a gostar dele mais cedo. A Julianne Moore é incrivel!

Phelps o Homem da Maratona Imortal



Pertenço ao grupo, que nutre uma verdadeira antipatia pelos EUA imperialistas, e com ele, por todos os que o representam dessa forma. Michael Phelps, é um digno representante dessa tripo. Por isso, nunca o invoquei aqui como um dos meus Super-Homens. Preferi o Thorpe, e ainda Popov a este.

Cedo perante a invencibilidade fisica do puto de 23 anos, e não perante o puto Phelps. Tecnicamente não é perfeito, muitas vezes não tem um nadar bonito, mas desenvolveu uma forma de nadar que o torna imbatível. Neste momento, já é o atleta com maior número de medalhas de ouro, da história moderna dos Jogos. Vai chegar a uma meta de 13, a não ser que o seu corpo ceda a tanto esforço, qual homem da maratona. Não gosto dele, mas é extraordinário assistir a isto tudo.



Fisicamente, Phelps tem 1,93m, 8okgs, pernas longas e magras que lhe permitem efeito flutuabilidade up above, uns pés do tamanho de Zeus e uma recuperação de esforço vs restabelecimento da massa muscular a uma forma competitiva, absolutamente anormal. Curiosidade, o site está disponível em duas linguas, inglês e chinês. O menino sabe o que anda a fazer.



Na estafeta 4x100mt houve 5 teams a bater o record do mundo, o que a torna numa das melhores provas de todos os tempos.


Na estafeta 4x200mt, os EUA ganharam com 5sec de avanço. Feito notável.

Esta música é para comemorar o regresso do Tiago ao Insecto!




Porque há coisas que só têm a importância que nós lhes damos!

Foi você que pediu um chip?

Para nossa maior segurança e tranquilidade, parece que vai ser obrigatório todos os carros terem um chip, cujas inúmeras, indisfarçáveis e inadiáveis vantagens me dispenso de enumerar. Provada que está a vantagem e comodidade da Via Verde, nada como torná-la obrigatória. Provada que está a eficácia dos radares (se funcionassem), vamos agora miniaturizá-los e colá-los ao nosso pópó. Assim, se havemos de estar a distrair-nos a olhar para o alto à procura da tabuleta atravessada com o aviso luminoso, ao menos agora passamos a levar o aviso connosco, assim não falha. E se o nosso amado bólide for roubado, pois o ladrão há-de pagá-las, vai ser perseguido como um cão, o bip bip vai denunciá-lo, é trigo limpo. E muitas outras maravilhas, Portugal à frente da Europa molengona, que é para os outros aprenderem. Querido Séc. XXI, tanta segurança.

terça-feira, 12 de agosto de 2008




Não me apetece falar muito sobre este documentário. Fui vê-lo no dia em que estreou no CCB, sessão gratuita (todos os dias até ao final do mês). O realizador é Fardilha, o mesmo de Tropa de Elite. Este Ônibus 147, vem na mesma linha. E pertinente, pela semelhança quase absurda com a tal ida ao BES dos dois brasileiros. Mas no BES, as coisas "correram bem". Aqui, desde o início - o nascimento de Sandro, o Mancha (sequestrador) e o início do sequestro - sai tudo errado.




A polícia é informada do sequestro, não isola a área, milhares de pessoas assistem a tudo a poucos metros do sequestrador e reféns, os media em peso comparecem, o bop, a polícia, não falta ninguém.




Apoiado nas imagens recolhidas pelos media, Fardilha constroi o documentário. Bastante mais importante e interessante que as imagens do ônibus, é a vida reconstruida, desde o momento em que nasce Mancha.






Menino de rua desde os 5 ou 6 anos, viu a mãe ser degolada à sua frente, foge da familia e de casa, talvez para não enfrentar a (re)visão da mãe. A partir daí, o curriculum é exemplar. Cheira cola e coca, fuma maconha. Alimenta-se disso aliás. Rouba para sobreviver. Dorme na rua, está entre os moleques, que um dia a policia do Rio acordou com balas - a Célebre Chacina da Candelária - passa pelas várias prisões, onde vai ganhando mais e maior vilania. Fardilha traça um retrato pavoroso de Mancha, depoimentos de outros meninos de rua que o conhecem, bandidos de cara tapada, assistentes sociais que passaram por ele, familiares mais próximos e que lhe guardam carinho. Aquele ser, invisivel, que um dia, não se sabe porquê, entrou no 147.

Saímos da sala partidos, arrepiados com o mundo. Há muito mais, como comecei, tudo correu mal. Mas também, tal como em Sophia, a história é exemplar. Não perder. Ficamos sem saber o que fazer.
Eis! Cada um que pede, exige medalhas e, perante o resultado, humilha, deveria começar a análise em si mesmo, perguntando, e eu, qual a minha relação com o desporto? Aí veria a importância que os paizinhos, a escola, a comunidade, a região, o país dá ao desporto.
Enfim, quando os jogos acabarem, encontrarão outros assuntos para falar mal.

Despudor


A RTP resolveu ir para o Brasil entrevistar as famílias dos assaltantes da semana passada. O facto de as famílias estarem desfeitas e em choque não impediu os jornalistas de se lá irem enfiar em casa a fazer as perguntas estúpidas do costume. Como os pais do assaltante morto não os receberam, andaram de terra em terra nas proximidades a tentar que alguém dissesse as coisas que se espera que digam numa altura destas. Fiquei a saber que o pai do desgraçado que perdeu a vida agravou os seus problemas cardíacos. Mas para a RTP isso não chega. Tem que haver lágrimas e um ou outro drama. Se isto é jornalismo, é jornalismo de merda. Se isto é serviço público de televisão, é serviço público de televisão de merda.

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

BRAVOS


Outra guerra, há em Portugal à volta destes olimpicos e dos nossos herois aí presentes. Os portugueses ainda não perceberam, que qualquer medalha conquistada, é fruto do acaso e unicamente, do esforço, dedicação, sacrifício individual.




Fico furioso, quando oiço "desiludiu" e outras coisas. Quem desilude, é o Estado Português.
Na foto, o judoca Pedro "Dias" O Grande

Houve um tempo, em que durante os Jogos Olimpicos, se faziam Tréguas de Paz

Há Guerra na Europa!
Não haveria mais sangue, além do derramado na arena.
Faço um esforço, ENORME, para escrever bem, entenda-se, sem erros. Vejo por aí em blogs, coisas como "estúpidamente". Ou então "como quando nos mascarava-mos ". É pah... e se em vez de um novo acordo ortográfico, tentássemos, qualquer coisa como, GARANTIR A CORRECTA UTILIZAÇÃO DO QUE TEMOS!

Super-Homem


Este Super-Heroi, tenho o prazer enorme, de o ver nadar desde que eramos pequeninos. O Miguel Arrobas, levou 9.30h para cruzar a Mancha, em solitário e a sangue-frio (depois do lamento, que fiz e sinto, de perder o meu fato de surf, até tenho vergonha). Melhor do que eu, o Miguel e a Mariana contam tudo em Onde só chega quem não tem medo de naufragar.


Lembro-me quando o Nuno me disse, que estava a planear com o Miguel, cruzar a Mancha. Saiu logo um "Grandas malucos". Isto há uns 3 anos. O dia chegou e agora só falta o Nuno. Um abraço para os dois, com bué orgulho e feliz por vocês lads.
Parece que uma sondagem recente, à pergunta "se encontrasse um telemóvel..." a maioria dos tugas respondia "Ficava com ele!". Este traço do povo tuga, só pode ficar a dever à pobreza. Mas sempre aprendi que pobre não rouba. Santo Agostinho avisa-me "... de espirito!".
Entre irmãos da mesma tribo, nunca se leva material eskecido, encontra-se e entrega-se. Pode ser, mas não em Portugal. País triste este, que ensinou os seus filhos a roubar.

Rekiem a um Rip Curl E Bomb Pro Wetsuit

Sábado de manhã, chego cedo à praia grande para mais um dia no mar, tudo normal, não se esperava grandes ondas e as garotas não desiludiram. A sede de água salgada, fez-me eskecer os mantimentos para o dia, acabada a sessão, voltei ao carro, bazei para casa.
Lembrei-me do fato quando ia dormir. Profunda irritação e fúria. Ando no pico da distracção. Despi o fato e pendurei-o. Ainda à conversa, olhei para ele 2 ou 3 vezes, acabei por deixar a praia e o fato para trás. Pensamos tudo, alguém sabe que é meu, e amanhã entrega... uma familia bem intencionada encontrou-o e há-de entregá-lo no bar...
Sem fato, somos uns meros 30m à beira da hipotermia. O meu, era só o topo de gama, o melhor do mercado, o mais quente e o mais elástico, no pico do inverno, chegava a ventilar correntes quentes pelo corpo. Nunca mais saí da água a tremer, só saia pelo cansaço. Não me apetece comprar outro. Não é só o dinheiro, já estávamos moldados um ao outro.

Joker

Vejo por aí, comparações ao Joker de Jack Nicholson/ Tim Burton com o de Heath Ledger/ Chris Nolan. A inserção do realizador não é à toa, é este que dita o destino do papel. A única comparação possível é o nome, tentar encontrar mais do que isso é tão .(vazio!?!?). como comparar as Bodas de Figaro/ Mozart com Barbeiro de Sevilha/ Rossini, onde o único ponto comum é Beaumarchais.
Vamos lá, eu até posso preferir um ao outro, mas não posso dizer que um é melhor do que o outro. É a matemática e teoria de preferências em conflito.

sábado, 9 de agosto de 2008

A inexistência de Clara Ferreira Alves

Clara Ferreira Alves escreve hoje na revista do Expresso um artigo sobre o actual Presidente da República. Para uma assalariada do PS não está nada mal. Cumpre com certeza com o que lhe é pedido. Esta senhora fez muito pouco digno de registo. Mas acha-se. Critica como se pudesse. Quem não existe devia ter pudor. Vasco Pulido Valente ja lhe fez a fotografia. Está tudo dito. A ex-secretária de Mário Soares fica devidamente apresentada:


"A hipotética "dra." Clara Ferreira Alves (chegou com dificuldade ao actual 12º ano), crítica literária que leu (jura ela) "os clássicos", especialista do último escritor inglês com quem almoçou, autora de um romance anunciado em 1984 e nunca até agora publicado, dona de uma coluna ilegível (e bem escondida) na "revista" do Expresso, foi um dia arvorada directora da "Casa-Museu Fernando Pessoa" pela conhecida irresponsabilidade de Pedro Santana Lopes, de quem ela tinha sido uma entusiástica partidária. Daí em diante, a importantíssima Ferreira Alves e o "Pedro", como ela dizia, ficaram muito amigos. Tão amigos que a "dra." Clara apareceu um dia presuntiva directora do "Diário de Notícias", coisa que me levou a sair antes que ela entrasse. Felizmente, não entrou, porque teve medo de cair na rua entre o "Expresso" e o DN, com a reputação de uma "santanete" obediente. (...) Se a "dra." Clara me quiser responder, sugiro que me responda em inglês e não meta na conversa a sua célebre descrição do pôr-do-sol no Cairo. Muito obrigado."

Baile de Outono, um filme estónio


Um pouco por acaso, fui ver o filme estónio Baile de Outono, do realizador Veiko Õunpuu. Tinha curiosidade por espreitar esse mundo que faz parte da nossa Europa alargada e o filme anunciava-se com alguns galardões. Além disso gosto de ir ao cinema King, com o seu ar decrépito e aquela teima em ter sempre filmes diferentes e de qualidade, a contrastar com o conforto mínimo da sala.
Não me arrependi. O filme é triste, passa-se num bairro social nos arredores de Tallin, uma ilhota isolada de prédios escalavrados, todos iguais, ruas desleixadas e pessoas pobres, uma espécie de náufragos que insistem em sobreviver apesar de não verem horizonte a que aportem. Sobras da era soviética, poderíamos nós pensar, se o consolo fosse o de encontrarmos muitas diferenças noutras eras e noutros territórios sem esse passado, mas não é difícil lembrar logo outras imagens de outros bairros iguais, e o filme passa assim a contar pedaços da história de pessoas um qualquer bairro social, relegado para as franjas das cidades laboriosas e prósperas, cheias de néons e automóveis e sem a palidez e os fatos puídos das operárias.
O filme conta-nos várias histórias cruzadas de pessoas atormentadas pela solidão, pela incapacidade de romper o seu destino mas também pela cobardia de uns, pela maldade de outros, pela vaidade dos que que querem viver ali para se sentirem superiores aos que os rodeiam, miséria máxima, porque é a indigência moral ou a soberba intelectual. Todos, de uma maneira ou de outra, presos nos seus casulos, o de cimento e o outro, o que construiram dentro dessas paredes escalavradas. O jovem escritor, o velho barbeiro, a mãe solteira, os homens bêbados, o arquitecto pretensioso e fútil, o empregado do bengaleiro. Em todos, a força e a fraqueza mas o retrato é muito impiedoso para os homens, pesos ou perigos para as mulheres, lutadoras silenciosas, engolindo a sua ambição para cuidar do pouco que ainda pode tornar a vida suportável ou, no mínimo, garantir a sobrevivência dos que amam.
Como diz o escritor à mulher que reclama que apenas priocura ser feliz "tens consciência de que cada uma das pessoas que vive nestes buracos só quer isso mesmo, um pouco de felicidade?"
Um filme difícil de ver mas belo, à sua maneira. Vale bem a pena.