quarta-feira, 19 de novembro de 2008

MFL 2

Dizem uns que o que disse a Dra. MFL foi indevidamente aproveitado pelo Governo para denegrir a imagem da senhora e distorcer o que de facto disse.

Vamos aos factos: entramos em período pré-eleitoral ou mesmo eleitoral. Quando assim é tudo o que se diz, como se diz e onde se diz tem um grande significado, se não mesmo essencial para a mensagem e imagem que o político em causa quer passar.
A quem compete o quê? À Dra. MFL compete ter a capacidade, inteligência e capacidade política para que a sua mensagem seja clara e sem dar azo a várias interpretações, em especial, aquelas mais longe do que de facto quis dizer. Ao Governo compete-lhe usar todas as formas que tem, legítimas e legais, para conseguir distorcer a mensagem que MFL pretende transmitir. Como não há almoços grátis aqui ninguém é amigo de ninguém e MFL sabe disso.

Agora como se resolve o problema? Quem falou no cumprimento do seu papel? MFL ou o Governo?

Parece-me que e olhando para o papel que cabe a cada um dos intervenientes no caso, o erro esta em MFL. Devia ter tido mais atenção na forma como disse o que disse, no conteúdo usado, na forma e no método da sua mensagem.

O Governo fez o seu papel na perfeição, depois de uma mensagem sujeita a diversas e variadas interpretações veio a terreno dizer o que disse e sem qualquer pudor..
Portanto, o Governo cumpriu com 20 valores o seu papel, MFL ficou, mais uma vez, pela negativa. Ao querer usar a ironia não foi capaz, nem teve capacidade suficiente para usar a ironia da forma mais inteligente. A ironia faz parte da política mas deve ser usada com inteligência e cautela.
No fim de tudo até concordo com a mensagem de MFL sobre a força das corporações e o quanto empancam a sociedade. Mas não é isso que está em causa neste episódio, antes sim a forma como foi dita e o método usado.
No fim de contas este problema é apenas uma questão de forma e de método (se assim for ainda vamos a tempo de corrigir) ou é mais grave que isso e MFL não tem capacidade para se mostrar como uma alternativa a quem está, hoje, no Governo.

3 comentários:

  1. Anónimo13:08

    Há uma coisa que este Governo conseguiu, honra lhe seja feita. É que haja um infinita tolerância para com o que faz, e como faz,enquanto estimula um hipersensibilidade para com a oposição. Convenhamos que não é normal...

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  2. Anónimo14:21

    Toda esta história me faz lembrar um velho ditado popular que encerra séculos de sabedoria: “Quem não tem vergonha todo o mundo é seu”.

    Isabel Figueira

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  3. O governo faz o papel dele. Não se pode pedir aos outros que façam o que nos compete fazer. Cada um trate de si e Deus trata de todos, sempre ouvi dizer.

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