sexta-feira, 26 de julho de 2013

Dia dos Avós





(Versión en español en los comentarios)

Tirei esta foto há muitos anos. (Des)centrada, a ‘Vó Constança mostra a sua serenidade, paciência, história. Nesse dia passeámos. Mesmo preferindo ficar em casa, fomos até à praia. Um ambiente diferente do seu Alentejo interior. Rimos, como muitas vezes, contando anedotas... ou recordando algum dos seus dizeres. A vida marcou-a, e muito, mas não se deixou vencer pela amargura. A sabedoria de alma punha o “não saber ler nem escrever” a um canto. Dizia “Yes” num inglês como ninguém, seguindo-se uma boa gargalhada. Aprendi muito com ela. Era imensa como o mar. Partiu a 1 de Novembro de 2005, já de noite, poucas horas depois de eu ter feito os Votos como jesuíta. Imagino-a de conversa, hoje no dia dos Avós, com o Avô Henrique e o Avô Zé, lá no Céu... e com a Avó Teresa, na oração. Vêm as saudades. Rezo com eles. 


3 comentários:

  1. Dia de los abuelos

    He sacado esta foto hace muchos años. (Des)centrada, la Abuela Constanza enseña su serenidad, paciencia, historia. En ese día hemos paseado. Mismo prefiriendo quedar en casa, fuimos hasta la playa. Un ambiente distinto de su Alentejo interior. Reímos, como muchas veces, contando chistes... o recordando alguna anedocta suya. La vida la marcó, y mucho, pero no se dejó vencer por la amargura. La sabiduría de alma ponía el “no saber leer ni escribir” a un rincón. Decía “Yes” en un inglés como nadie, siguiendo una buena carcajada. He aprendido mucho con ella. Era inmensa como el mar. Partió el 1 de noviembre de 2005, ya de noche, pocas horas después de yo haber hecho los Votos como jesuita. La imagino de charla, hoy en día de los Abuelos, com el Abuelo Henrique y el Abuelo Zé, allá en el cielo... y con la Abuela Teresa, en la oración. Vienen las “saudades”. Rezo con ellos.

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  2. Anónimo15:30

    quem tem a sorte de ter uma avó especial sabe que os olhos profundos de tanta sabedoria de Amor, protegidos pelas fortes raizes das rugas deixam-nos levam-nos para um espaço que é bem mais do que tudo. Porque é aí que nos sentimos e reconhecemos como seres especiais. Que bom, a minha chama-se Maria, aprendeu sozinha a ler e a escrever na luta da Vida. Ainda a tenho comigo e é o meu porto seguro.

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    1. Obrigado! É mesmo. Eu tenho muita saudades da minha 'Vó Constança. Um dia na brincadeira, pusemo-nos os dois a escrever o nome dela. E escreveu... e rimos os dois. Aproveite bem esse porto seguro. :)

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