domingo, 12 de outubro de 2014

Banquete. Vida. Elogios.




João Garcia


[Coisas do quotidiano de um padre] Chamou-me à parte: “Sr. padre, obrigado, muito obrigado pelas suas palavras.” Continuou a desabafar e a elogiar. Eu senti-me estranho, a não querer aceitar o elogio. De vez em quando também surge o arrepio de passagem desse mal de “falsa humildade” de “ai, não, e tal, eu não, podia ser melhor, e não sei quê”. Claro que o arrepio surgiu, mas a humildade (sem aspas e tal qual é) também. É verdade, hoje estava entusiasmado na homilia a falar do banquete e da vida, do quanto somos chamados à Vida… e também ao justo descanso, para podermos continuar a saborear o banquete presente em tanto na vida. E sentiu-se isso, pois foram muitas outras pessoas a agradecer, dizendo o quanto lhes tinha feito sentido o que eu disse. Claro… depois, para não inchar, sim a humildade quer-se no ponto certo, lembrei-me que esqueci-me (oh GOD!) do Credo lá no sítio certo (que rezámos, assim que me apercebi, na forma simplificada antes da oração sobre as oferendas) e que o Pai-Nosso era cantado… ;) É isto, lá continuo a aprender ser padre na vida, no concreto. E é mesmo bom! :D

Sem comentários:

Enviar um comentário