quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Passagem



César Patrício e Arias


[Secção outros tons] Guarda o nome. A nova etapa não foi sonhada, nem desejada. No deserto, a beleza surpreendente abre o silêncio. Ficar: e o quem sou petrifica-se. A violenta notícia ecoa como monstro. Questões, entre o porquê e o que fazer, conduzem à passagem, pesando os músculos com a ansiedade de futuro. Enfrenta-se a fragilidade, gritando o nome que deu e dá vida. [Entrelaça-se as mãos] Curvando-se, nesse caminhar, aceita-se e transforma-se o corpo e o afecto. Na chegada recebe-se as forças para o combate, em Luz que aquece o abraço a dar.


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