domingo, 9 de novembro de 2014

Templo... em corpo.




Martin Klimas


[Secção outros tons]

O tempo
nem sempre é sincronizado.

Havendo tempo para tudo,
também o há para desmontar
a linearidade lógica das coisas.

Abrem-se as portas e os umbrais,
derrubando as mesas, 
desordenando o caos, 
estabelecendo a harmonia 
do novo olhar.

Ovelhas e pombos já não justificam os pobres,
os bois regressam para lavrar a terra,
a misericórdia não é feita dos seus sangues.

Ainda há quem diga que é loucura,
loucura escandalosa
para quem tudo quer acertado
em modos que segregam.
Já não são moedas, poder ou jogos,
actividades de distâncias
- sociais, religiosas, políticas -
que abrem a passagem
para o novo Templo

em Corpo.

É o rosto
do novo olhar
desnivelado.

Eis o sinal. 


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