quarta-feira, 4 de março de 2015

Memórias




Rolando Rodríguez Leal


[Secção memórias] Ainda em registos de memórias do 12.º ano, graças à música de ontem, recordo a organização das viagens de turma. Como delegado de turma fui responsável pela organização das viagens e, não menos importante, das actividades para angariar fundos. A dos Açores ficou famosa, de tal maneira que no ano seguinte elegeram-me delegado novamente com a ideia da viagem a Londres. Fui eleito com um voto contra… o meu. Foi o suficiente para eleger a sub-delegada. Ehehe!!! São tempos que ficam na memória, sim. Desde a famosa venda de rifas, à venda de bolos, até aos concertos de banda de garagem e concursos Miss & Mister Escola, foi imenso o que fizemos. Recordo bem a colaboração entre todos: alunos, professores, “contínuos” (hoje, auxiliares da acção educativa ou não-docentes) e pais. Foi nesse tempo, quando andávamos pelas lojas a pedir ajuda para prémios, que aprendi isto de “o ‘não’ é garantido, a partir daí só pode ser bom”. Do que mais me deu gozo foi termos conseguido dinheiro suficiente para que todos pudéssemos ir. Do banco voltei a casa com 1000 contos (aprox. 5000 €) no bolso e no dia seguinte fui com o meu pai a Lisboa para pagar à agência. Depois foi viagem a Londres: inesquecível, pela amizade e muitas gargalhadas. Sim, a amizade foi marcante. Nessa viagem tínhamos combinado que faríamos um mega-jantar para comemorar a nossa entrada na universidade. Dias depois das colocações, a professora Marianela comenta-me: “Paulo, sabes que o jantar foi cancelado?” Não, não sabia. Eu não tinha ido, pois não tinha sido colocado. “Não podiam fazer um jantar destes sem ti.” Emocionei-me diante dela: enchi-me de gratidão e de amizade. Que me acompanham até hoje.

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