domingo, 25 de março de 2018

Silêncios de Jesus



Zachary Law

[Secção pensamentos soltos em Domingo de Ramos] Os silêncios de Jesus ao longo do relato da Paixão chamaram-me a atenção. Jesus não quer que ninguém tenha pena d’Ele. Jesus não necessita de se justificar. Jesus não entra no jogo do diz-que-disse. Quando se quer que se tenha pena de si próprio, fala-se muito, gritando-se mesmo, em ferida: “Estou aqui, vejam-me, cuidem-me, dêem-me atenção!” Jesus, na dignidade que o caracteriza, encontra a serenidade do silêncio. Quem realmente o conhece, não pode condenar nenhuma das Suas obras. São os seus gestos e palavras de acolhimento, por um lado, e de denúncia de injustiça por outro, de toda sua vida que justificam o ser quem é. A divindade não é etérea, é encarnada no Bem da e pela Humanidade. As poucas palavras e os muitos silêncios que encontramos na Paixão convidam-nos à simplicidade, evitando o ruído das outras muitas palavras mal gastas em condenações injustas. Entramos em Semana Santa… que convida ao silêncio e à reflexão: que ruídos meus tenho de enfrentar, deixando a necessidade de me justificar, tornando os meus gestos e vida mais autênticos?


2 comentários:

  1. Boa noite..muito bom, como sempre,.
    O meu objectivo nesta Semana Santa é ouvir os ruídos dos outros e tentar ajudar a resolve-los com o meu silêncio e a minha compreensão. Vou tentar transmitir paz e amor a quem se cruza comigo e peço a Jesus que me ajude a ser melhor pessoa. Boa Semana Santa. Abraço

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    1. Muito obrigado. Bom caminho e boa semana santa. Abraço agradecido.

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